Tribuna Ribeirão
Polícia

Decretada a prisão de atropelador

O juiz Sylvio Ribeiro de Souza Neto, da 2ª Vara Cri­minal de Ribeirão Preto, aten­dendo ao pedido do delegado titular da Central de Polícia Judiciária Norte, Fernando Gonçalves de Oliveira, onde estão estabelecidos o 2º e o 5º Distritos Policiais, decretou a prisão preventiva do auxiliar de pedreiro Helton Pires de Oliveira, de 33 anos, no come­ço da noite desta terça-feira, 18 de dezembro.

No depoimento que pres­tou à tarde, o auxiliar de pe­dreiro admitiu ter bebido duas latas de cerveja antes de atro­pelar as vítimas e admitiu estar dirigindo acima da velocidade, mas ressaltou que não subiu na calçada e que os jovens es­tavam na rua. Marcos Paulo da Mata, de 17 anos, morreu no local e os outros dois ga­rotos, Rodrigo Cruz Costa, de 10 anos, e Pedro Henrique do Amaral Moreira, de 11, se­guem internados na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE).

Durante a tarde, o indicia­do foi interrogado na Dele­gacia de Investigações Gerais (DIG) e confessou para a de­legada Silvia Ruivo Mendonça ter atropelado os três garotos que seguiam um “trenzinho da alegria” na rotatória das aveni­das Ettore e Aurora Coraucci e Jornalista Antonio Carlos Pi­nho Sant’Anna, no Jardim Ale­xandre Balbo, Zona Norte de Ribeirão Preto, na madrugada do último domingo (16). Na manhã desta quarta-feira (19) ele será levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto.

Helton Pires de Oliveira responderá por um homicídio culposo e duas lesões corporais culposas (quando não há inten­ção de matar), fraude processual – por ter ateado fogo no veículo que ocupava no momento dos crimes anteriores, um Hyundai HB20 preto –, comunicação falsa de crime – registrou bole­tim de ocorrência (BO) de furto depois de queimar o carro – e omissão de socorro e suas qua­lificadoras. Ele não tem antece­dentes criminais.

Os três acompanhavam a passagem de um trenzinho que animava uma festa de ani­versário no Jardim Maria Ca­sagrande Lopes, também na Zona Norte. A Câmara de Ri­beirão Preto e o Ministério Pú­blico Estadual (MPE) cobram da prefeitura explicações sobre as ações de fiscalização dos chamados “trenzinhos da ale­gria”. O atropelamento ocorreu por volta da 1h50 de domingo e, segundo a legislação muni­cipal, esse tipo de veículo só pode transitar na cidade até as 23 horas.

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