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Décimo terceiro salário injetará R$ 291 bi no país

Montante representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal (Raphael Ribeiro/BCB)

Até dezembro de 2023, o pagamento do décimo terceiro salário tem o potencial de injetar na economia brasileira cerca de R$ 291 bilhões. Este montante representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos, aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.  
 
Cerca de 87,7 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 3.057. As estimativas são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2023, foram reunidos dados da Relação Anual  de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.  
 
Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).   
 
Dos cerca de 87,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados com o pagamento do 13º salário, 53,8 milhões, ou 69,2% do total, são trabalhadores do mercado formal, entre eles, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que somam 1,5 milhão, equivalendo a 1,7% do conjunto de beneficiários.  
 
Os aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS) correspondem a 32,8 milhões, ou 37,5% do total. Além desses, quase um milhão de pessoas (ou 1,2% do total) são aposentadas e beneficiárias de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um grupo constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regimes próprios) que vai receber o 13º e que não pode ser quantificado.  
 
Do montante a ser pago como 13º, cerca de R$ 201,6 bilhões, ou 69% do total, irão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 31% dos R$ 291 bilhões, ou seja, cerca de R$ 89,8 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas. Considerando apenas os beneficiários do INSS, 32,8 milhões de pessoas receberão R$ 55,4 bilhões.  
 
Aos aposentados e pensionistas da União serão destinados R$ 11,2 bilhões (3,8%); aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 17,5 bilhões (6%); e aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 5,6 bilhões. O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 5.400) e o menor, no Maranhão e Piauí (R$ 2.087 e R$ 2.091, respectivamente).  
 
Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 52,3 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 199 bilhões serão  pagos a título de 13º salário, até o final do ano.   
 
A maior parcela do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 62,5% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 16,1%; os comerciários terão 13,1%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 4,1%, enquanto 4,2% serão recebidos pelos trabalhadores da agropecuária, como mos 
 
A economia paulista deverá receber, até o final de 2023, a título de 13° salário, cerca de R$ 86,1 bilhões, aproximadamente 30% do total do Brasil e 59,3% da região Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,6% do PIB estadual. A média de valores por pessoa é estimada em R$ 3.509. Segundo os cálculos, 23 milhões de pessoas devem receber o 13º no estado.  
 
O número equivale a 26% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação à região Sudeste corresponde a 55,6%. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 66,7%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 33%. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,9%.  
 
Por segmento, os valores serão distribuídos da seguinte forma: os empregados formalizados ficam com 75,1% (R$ 64,7 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 18,3% (R$ 15,7 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 4,4% (R$ 3,8 bilhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 2,2%. 
 
O pagamento do décimo terceiro salário em Ribeirão Preto este ano deve injetar um valor líquido de R$ 557.462.257,04 na cidade. O cálculo é do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Associação Comercial e Industrial (Acirp). O montante é 0,32% inferior aos R$ 559.278.877,01 estimados para 2022, segundo dados do próprio Iemb.  
 
São R$ 1.816.619,97 a menos. Os valores são líquidos, já descontados os impostos que são abatidos na segunda parcela. Comparativamente aos anos anteriores, a injeção do valor bruto do décimo terceiro salário em 2023, de R$ 633.479.837,54, teve redução de 16,95% em relação a 2022. São impressionantes R$ 129.290.512,21 a menos. A cidade tem 236.139 trabalhadores ativos e aptos a receber o benefício. 
 

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