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De olho na aposentadoria: brasileiros estão mais preocupados em depender apenas da previdência social no futuro

Brasileiros não querem apenas depender da aposentadoria pública - Divulgação

Nos últimos anos, o brasileiro colecionou bons motivos para se preocupar em não depender exclusivamente de agentes externos para garantir seu futuro.

Isso tem a ver com uma série de fatores, entre eles, a desconfiança em relação à perenidade de um benefício historicamente garantido pelo Estado, a Previdência Social.

A população tem procurado cada vez mais informações sobre educação financeira e é nesse contexto que a busca por opções interessantes de investimentos aparece.

Dados oficiais

Quem demonstra esse cenário são os números da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). De acordo com estudo recente, é possível identificar queda na quantidade de pessoas que vê a aposentadoria tradicional como antes, atribuindo 100% dessa responsabilidade à previdência pública.

Se em 2018 esse público era de 56% dos entrevistados, em 2019 passou para 51%. Ao mesmo tempo, a porcentagem de pessoas que declarou pretensão de usar investimentos como aliados na terceira idade cresceu de 10% para 14% nesse período.

Analisando os números, não é difícil compreendê-los dentro de um contexto em que, além da desconfiança em relação à previdência pública, existe também uma nova percepção em relação a outras formas de investir em longo prazo.

A realidade é que existem soluções tanto no mercado de renda fixa quanto no de renda variável, sendo a previdência privada o tipo de investimento que mais chama a atenção quando o assunto é aposentadoria.

Como funciona a previdência privada

É possível ir ao mercado e investir por conta própria em produtos financeiros com comportamento semelhante e, na grande maioria dos casos, até melhor do que a previdência social.

Nesse sentido, um plano de previdência privada funciona como um meio para que o investidor forme renda extra de maneira independente, contratando agentes particulares.

Existem dois tipos de previdência privada, a aberta e a fechada. No caso da primeira, os planos podem ser contratados junto a corretoras de valores ou bancos, já no da segunda, eles ficam restritos a colaboradores de determinadas empresas.

PGBL e VGBL

Os planos fechados são os perfis conduzidos pelas empresas que oferecem esse tipo de solução para seus funcionários.

Ao decidir investir na previdência de tipo aberta, o investidor também pode buscar complementar a previdência pública, entretanto, precisa contratar o plano por conta própria.

As opções são duas:

  1. Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL).
  2. Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Resumidamente, a diferença entre elas se dá no tratamento tributário ao qual o investidor será submetido.

Isso quer dizer que, embora o Imposto de Renda (IR) tenha incidência somente no ato do resgate do título (tanto para o PGBL quanto para o VGBL), no caso do PGBL, esse imposto recai sobre o valor total do resgate; enquanto no VGBL o IR incide exclusivamente sobre os rendimentos.

Como investir em previdência privada

Optando por um plano aberto, o interessado precisa se dirigir a uma instituição que ofereça essa solução dentro de uma plataforma de investimentos. No geral, isso costuma aparecer em bancos e em corretoras de valores, sendo as últimas mais recomendadas em virtude da maior oferta de ativos.

Feito isso, o investimento funciona da seguinte forma: primeiro, existe um período de acumulação de recursos, que costuma ser chamado de diferimento, para, em seguida, os segurados receberem uma renda mensal ou um pagamento único, de acordo com o que foi firmado na contratação do plano.

Em resumo, o primeiro passo é escolher a forma de tributação ideal, entre PGBL e VGBL, para depois procurar um banco ou corretora e, enfim, contratar o plano de preferência.

Quando esse tipo de solução vale a pena

Investir por conta própria sempre é válido, ainda mais em um cenário em que o leque de opções é cada vez maior e a previdência social exige muito mais tempo de contribuição.

Pensando na previdência privada, pessoas que ganham acima do teto estipulado pelo INSS, além daqueles que dependem exclusivamente do INSS para compor sua aposentadoria, geralmente são as mais indicadas para recorrer a esse tipo de solução.

Assim, elas podem incrementar seus ganhos no futuro e garantir uma aposentadoria mais vantajosa. Por fim, o ideal é que esse investimento seja feito no longo prazo, para que os resultados sejam mais satisfatórios, entretanto, considerando o período mínimo de cinco anos, já é possível começar a compor a renda usando os planos de previdência privada.

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