Tribuna Ribeirão
Cultura

Davi Lima lança quinto single autoral

Neste 14 de outubro, as melhores plataformas de streaming recebem o frescor de “Chuvas de Paz”, quinto single lançado digitalmente pelo músico e compositor ribeirão-pretano Davi Lima, 25, ex-baixista da (também ribeirão-pretana) banda PlayVinil.

Davi lançou antes o EP “Quintal”, contendo a música homônima; depois “Seja como flor” e “Giulieta”, todas de cunho romântico. A quarta foi “Só quem escorrega chega lá”, lançada em fevereiro deste ano.

Com “Chuvas de Paz”, ele canta agora as próprias saudades. “Foi [composta] durante um momento maluco da pandemia, quando a incerteza sobre o que seria do mundo dali pra frente angustiava a todos nós. Senti necessidade de colocar pra fora um choro de saudades e usei a chuva como metáfora”, conta.

Para dar o clima que a letra pedia, Davi chamou dois amigos para ajudar nos arranjos: Victor Grili (ex-parceiro da PlayVinil) e William de Paula. “Deu um baita trampo…me entreguei bastante para me encontrar na produção musical. Para chegar nessa sonoridade foram quatro meses de reflexões e experimentações”, conta. Nas gravações finais, ele assumiu vocal, guitarra, baixo; enquanto Victor, a batera; e William, os teclados.

O resultado é uma balada nostálgica no melhor dos sentidos, que evoca um pouco da atmosfera afetiva e poética do saudoso Clube da Esquina. E não por acaso, já que Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô (e todos os demais Borges do Clube) estão entre as maiores influências do jovem músico, ao lado do grande maestro Tom Jobim.

‘Filho [e sobrinho] de peixe’

As primeiras influências musicais de Davi, porém, datam de antes mesmo de nascer, e seguiram por toda vida já que tem uma família musical. O pai e o tio já eram músicos festejados nos bares ribeirão-pretanos entre o final da década de 1980 e início dos anos 1990. Aliás, quem foi jovem na cidade, àquela época, provavelmente se lembra do pai dele, o baixista conhecido como “Gordo” (alcunha de Leandro Vagner da Cunha Lima), mas que, na aparência, só tinha de volumosa mesmo a cabeleira negra. Sua banda de rock, integrada também pelo guitarrista Réo (padrinho de Davi), animava as noites do bar “Lugar Nenhum”, à avenida Treze de Maio. Também o tio Evandro Navarro, conhecido como “Véio”, tem carreira consolidada na música, com vários álbuns gravados.

Davi deve a eles a familiaridade com todo tipo de instrumentos musicais desde muito cedo. Aliás, ganhou a primeira bateria dos pais aos três anos de idade e fez bonito com ela. “Até fazia um som com meu pai e meu padrinho na escolinha”, lembra, divertido.

Aos nove, Davi decidiu sozinho aprender violão. Aos 14, começou a tocar baixo na PlayVinil, que integrou até os 20. “Foi maneiro! Representou um amadurecimento musical e a minha primeira relação responsável com a música”, valoriza.

As primeiras composições começaram a brotar por volta de seus 15 anos de idade, mas ele nunca chegou a gravá-las ou apresentá-las com os “brothers” da banda, que cultivava um repertório mais baseado em covers de pop rock nacional e internacional e autorais na mesma linha. “As minhas [músicas] sempre foram mais sentimentais e melancólicas. Não se encaixavam na ‘praia’ da banda, que era mais animada e politizada”, explica, sem ressentimentos.

Até hoje Davi se assume como um compositor mais introspectivo, sem medo de cantar questões pessoais – outro aspecto em que admite forte influência familiar, principalmente de pai e tio citados. “São pessoas que me acostumei a assistir compondo desde que nasci. Acreditar que eu também conseguiria teve muito a ver com vivenciar os processos de criação deles”, diz. E claro que o encorajamento recebido em casa sempre foi maior que o medo de se expor nas composições.

Por isso é que jogar suas músicas “no mundo” tem representado também sair do casulo afetivo da família e amigos para dar “a cara a tapa”, seja pelo público ou crítica. Mas ele não parece ter medo. “Quero vencer essa barreira das pessoas próximas”, diz o músico, que está para se formar na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em Engenharia de Materiais!!!

É simples a explicação que Davi fornece para a escolha de uma faculdade tão distante do universo musical. “[Na época] fazer uma Faculdade de Música não fazia muito sentido pra mim, porque eu já havia sido abençoado com uma vivência musical natural dentro de casa”. Ou seja, ele não achava necessário fazer uma faculdade específica para continuar tendo a música em sua vida.

Mas veio a pandemia e o distanciamento social fez a vocação musical gritar mais forte no peito e Davi decidiu se jogar nela antes de tentar a Engenharia. “Quero viver a música neste momento. Sei que todo artista autoral tem que descobrir seu caminho e estou buscando o meu”. Simples assim.

Chuvas de Paz (Letra)

Nuvens do céu

Vêm se aproximar

Encobre montanhas

Esconde o luar

As nuvens do céu

Por todo lugar

Tô esperando desabar o mundo

Pra aliviar meu choro mais profundo

Senão eu morro de saudade

Eu tô na chuva é pra chover com ela

Deixar a alma transbordar pela janela

Se afogar na liberdade

E eu sei que logo vai passar

O azul da cor do mar no céu

Vem pra comemorar

Chuvas de paz na terra

Chuvas de paz

 

Canais do artista nas redes sociais:
Instagram:
 @ davlima
Facebook: https://www.facebook.com/davi.lima.33
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC5NxbNij-ygL4_s9vD4WRZw

Obs. O pré-save pode ser acessado pelo endereço: https://onerpm.link/879352785663

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