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Das eleições à pandemia (e o 13º salário?)

Os Estados Unidos ressoam no mundo, até suas antigui­dades. Vejam as eleições, com votação no papel, aqui aboli­da desde 1996 com as urnas eletrônicas. Nossos resultados saem em seguida, na mesma noite. Lá foram quatro dias de apuração artesanal para saber quem será o presidente. Vê-se que tem lugar em que o passado ainda é presente. Mas não se se surpreendam se eles, amanhã, sacarem uma fórmula mais moderna para tudo que é democracia. Dinheiro não lhes falta e com dois partidos é mais fácil negociar. Aqui são trinta, por enquanto.

Ressoam na nossa economia até antes de ter o presidente eleito: aqui as bolsas subiram e o dólar caiu (pouco, mas despencou).

Também repercutem no clima, de Brasília. Especialmen­te nos ares do Alvorada, que já eram de “funerais” antes do anúncio oficial da vitória do Biden. O Trump foi abatido e pareceu que ninguém esperava (no Planalto).Tanto que não se cumprimentou o vencedor de imediato.

Uma coisa é certa. A rapidez com que se apura a votação no Brasil não dá tempo para criar a festa que os america­nos fizeram no sábado. Aquilo, sim, é democracia. Todos se respeitaram e comemoraram, em família. Dançando nas ruas! Deu saudades dos tempos que nossa contagem de votos levava mais de uma semana, invadia madrugadas!

Trump foi “triturado” e fez o que prometeu: lançou dúvi­das, falou em fraudes sem provas e teve que conhecer recusa do Judiciário que não anulou votos;se irritou com os seus advogados. Talvez tenha desejado medidas absurdas, impos­síveis. Reação própria dos maus perdedores. Um péssimo exemplo para o mundo. Diz que vai resistir. Será que saberá entregar a Casa Branca?

Isso nos preocupa. Temos eleições em 2022. Aqui há seguidor de Trump. Foi assim na pandemia. Eles e nós lideramos os números da tragédia mundial. A propósito, o presidente eleito pensa diferente quanto a pandemia, quanto a Amazônia e não esconde quanto ao comportamento do Brasil. Já sinalizou que deve agir de forma a incomodar o governante de Brasília. Ou a “gripezinha” passará a receber tratamento compatível de uma moléstia que nos causou mi­lhares de mortos?

A pandemia não acabou. Basta verificar o que está corren­do na Europa e por aqui, em Manaus. Os riscos continuam. É preciso retomar os cuidados. Persiste a necessidade de um comando único, integrado, para os ambientes públicos. Os números atuais com a redução de infectados e de mortos não inviabilizam esse zelo que faltou até agora no país: razão das divergências entre as normas dos Estados e dos Municípios. Suspeita: as eleições de 15/novembro estão escondendo a realidade atual?

Para salvar vidas sempre é tempo.

E mais, desde maio o governo brasileiro deixou de ad­ministrar a pandemia. As medidas de redução de salário, suspensão dos contratos e outras não foram atualizadas. Este mês como será calculado e pago o 13º salário? En­tendemos que este direito não foi afetado por nenhuma medida da pandemia. Os empregadores devem agir como nos anos anteriores.

Não se programou: a calamidade pública terminará no próximo mês? Ou se prorrogará?
Com Joe Biden nosso governo será o mesmo?

Quem viver verá. O ano de 2021 promete.

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