Tribuna Ribeirão
Geral

Daerp – Prefeito sanciona lei de redução de perdas

ALFREDO RISK

O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), acompanhado do superintendente do Departa­mento de Água e Esgotos de Ri­beirão Preto (Daerp), Afonso Reis Duarte, sancionou nesta segunda-feira, 29 de julho, na Sala dos Espelhos do Theatro Pedro II, a lei nº 14.369 que permitirá a implantação do Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e Eficiência Energética.

A lei autoriza o Daerp a ob­ter linha de crédito de R$ 115,46 milhões para a implantação do Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e Eficiência Energética, com in­vestimento total de R$ 144 mi­lhões para reduzir em cerca de 50% as perdas totais de água em Ribeirão Preto até 2021. A sole­nidade contou com a participa­ção do líder do governo na Câ­mara, André Trindade (DEM), além dos vereadores Paulinho Pereira (PPS) e Rodrigo Simões (PDT), da diretoria do Daerp, secretários municipais e funcio­nários da autarquia.

Parte das ações já está em andamento, como a substituição de 132 mil hidrômetros, iniciada em junho, e a aquisição, para a substituição, de 21 motores elé­tricos por modelos mais eficien­tes e mais econômicos. Na opor­tunidade, Afonso Reis Duarte destacou que no ano passado a autarquia instituiu o Comitê de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e Eficiência Energética, formado por fun­cionários que, juntamente com o diretor Técnico do Daerp, Lineu Andrade de Almeida, desenvolveu o programa. “Este programa é permanente e por conta disso é que implantamos com os servidores que vão dar continuidade ao trabalho”, des­tacou o superintendente.

Afonso Reis Duarte lembrou que a atual diretoria pegou o Daerp com perdas superiores a 60%; atualmente elas estão em 55% e a meta até 2021 é chegar entre 25% e 30%. Ele lembrou que no final de 2017 o Daerp possuía 1.700 vazamentos a se­rem consertados. Foi feito um mutirão, mudou-se a forma de trabalho e hoje existem 186 vazamentos na cidade, que são reparados em um tempo médio de quatro dias. Lembrou, ainda, que desde 2017 o Daerp inves­tiu mais de R$ 209 milhões em equipamentos, obras, melhoria do atendimento e qualifica­ção dos servidores. “Estamos trabalhando para melhorar a qualidade do serviço prestado pelos nossos servidores, o que significa melhorar a qualidade de vida para a nossa popula­ção”, concluiu.

Universalização dos serviços
Nogueira destacou que os R$ 209 milhões investidos pelo Daerp na melhoria do sistema, renovação de frota, construção de 97,2 quilômetros de redes e interceptores garantirão que o município tenha, até o final deste ano, a universalização do saneamento básico. “Ribeirão Preto será a maior cidade brasi­leira, incluindo todas as capitais dos Estados, a atingir a univer­salização do saneamento básico, com 100% da cidade recebendo água tratada, 100% dos bairros com coleta de esgoto e 100% dos bairros com tratamento de esgo­to. A universalização do sistema de saneamento básico em Ribei­rão Preto levará a cidade a ser a primeira do país no ranking do saneamento, a partir de 2020”, afirmou o prefeito.

Ele destacou, ainda, que R$ 209 milhões investidos pelo Daerp, somados aos R$ 121 mi­lhões do projeto de setorização, garantirão ao Daerp investimen­tos da ordem de R$ 330 milhões até o final deste ano. “É pratica­mente um orçamento da autar­quia que foi feito em três anos”, explicou Nogueira. O principal projeto do programa de redu­ção de perdas é o da setorização dos sistemas de abastecimento, criação do Centro de Controle Operacional, que permitirá a gestão à distância e online dos sistemas de abastecimento de água, a contratação de empresas para a busca de vazamentos não visíveis e de caça-fraudes, como ligações clandestinas e adultera­ção de hidrômetros, com o obje­tivo de furtar água.

A previsão de investimen­tos é de R$ 121,7 milhões, com recursos do governo federal e contrapartida do Daerp. O projeto de setorização desen­volvido pelo Daerp vai im­plantar um novo conceito de abastecimento. Atualmente, 70% de toda a água produzida nos 116 poços em operação são distribuídos diretamente dos poços para a rede e apenas 30% da água vão dos poços para os reservatórios e, destes, para as redes de abastecimento.

Com a implantação da se­torização, todo o sistema de abastecimento em Ribeirão Preto será feito dos poços para os reservatórios e destes para as redes de abastecimento, permi­tindo a gestão da distribuição e o controle da pressão da rede, com a redução de vazamentos e melhoria na distribuição. Para a mudança no conceito de abaste­cimento, será necessária a cria­ção de 56 setores.

Com a implantação destes setores, está prevista a constru­ção de 10 novos poços, de 17 reservatórios, com capacidade total de 23 milhões de litros de água, e a construção de 68 quilômetros de redes adutoras e de distribuição, além da im­plantação de válvulas de corte para a criação dos setores de abastecimento.

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