A equipe do setor de obras do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) realizou, até o início de julho deste ano, o tamponamento de 72 poços desativados. O cronograma estabelecido pela diretoria técnica da autarquia prevê o encerramento de 82 “reservatórios até o mês de outubro.
O tamponamento dos poços desativados foi definido entre o Daerp e o Ministério Público Estadual (MPE) através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas que até 2016 não tinha sido cumprido. Pelo acordo, a autarquia teria de tamponar 77 poços que estavam desativados, alguns há mais de dez anos.
O trabalho de tamponamento dos poços teve início em 2017 e, desde o ano passado, o Daerp incluiu no seu planejamento poços desativados em 2018 e 2019, passando para 82 o total de poços a serem lacrados até outubro deste ano. Quando a atual administração assumiu, havia uma licitação em andamento para a execução do serviço de tamponamento ao custo de R$ 600 mil, que foi cancelada.
O serviço passou a ser executado pelos próprios servidores do Daerp, a um custo previsto de R$ 150 mil, uma economia de R$ 450 mil ou 75% sobre o valor estimado em edital. Para o diretor técnico interino da autarquia, Edson Akira Simabukuro, o trabalho de tamponamento dos poços desativados é fundamental para eliminar qualquer risco de contaminação do Aquífero Guarani.
“Nós estamos fechando inclusive os poços que foram desativados em 2018 e 2019”, explicou. Simabukuro também destacou que além do tamponamento de todos os poços desativados, pela primeira vez o Daerp está com todos os 116 poços em atividade legalizados. Todos os poços possuem outorga de funcionamento do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do governo do Estado que regulariza o funcionamento de poços no Estado de São Paulo. “É a primeira vez na história da autarquia que todos os poços estão regularizados”, concluiu.
Tamponamento
Antes de fazer o tamponamento definitivo, é feita a desinfecção do poço e do material que está sendo usado. Para isso, antes de iniciar o trabalho é jogado cloro no poço e só depois os funcionários iniciam o tamponamento, que é feito com uma camada de concreto com 20 metros de profundidade, evitando que qualquer material possa entrar no poço desativado.