O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e o superintendente do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp), Afonso Reis Duarte, assinaram, na tarde desta sexta-feira, 24 de julho, o contrato de R$ 35.487.605,02 com a OAS Engenharia e Construção S.A. para a implantação de 65 quilômetros de redes adutoras e de 256 válvulas de fechamento de setor.
A solenidade ocorreu no Salão Nobre do Palácio Rio Branco com a presença, por videoconferência, do gerente da OAS, engenheiro Diego Tabet, e do diretor superintendente da empresa, engenheiro Renato Matos. O prazo para execução da obra é de 19 meses. O valor final da licitação ficou 36% abaixo do que o previsto em edital, de R$ 55,3 milhões, R$ 19,9 milhões a menos.
Nove empresas participaram da concorrência pública. A obra faz parte do Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e Eficiência Energética da autarquia e será executada com recursos de financiamento do governo federal. Ao todo, estão sendo investidos mais de R$ 150 milhões no programa.
O programa de redução de perdas prevê três obras de grande impacto: a implantação das adutoras, construção dos reservatórios e a perfuração e recuperação de poços. Os editais de licitação para a construção de reservatórios e perfuração/recuperação de poços devem ser publicados até o final de agosto.
No projeto, estão previstas a construção de 17 reservatórios com capacidade de 23,3 milhões de litros de água, a perfuração de um novo poço e recuperação de outros nove. Também está projetada a implantação dos Distritos de Medição e Controle (DMCs) do Centro de Controle Operacional (CCO) e a implantação do programa caça-fraudes.
A implantação de todos os projetos terá recursos de R$ 121,7 milhões, sendo R$ 115,4 milhões do governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal, e contrapartida de R$ 6,3 milhões do Daerp. “Tirar o Daerp do sistema analógico em que o encontramos para um sistema digital não está sendo fácil”, diz Afonso Reis Duarte.
“Temos trabalhado muito para redução das perdas, que passaram de 61,48% em 2016 para 53% em 2019 e, até o final de 2021, deverão estar entre 25 e 30%. Investimos cerca de R$ 270 milhões que nos coloca em uma situação de universalização do saneamento público, à frente de muitas capitais”, afirma.
Vazamentos não visíveis
Os vazamentos de água não visíveis podem levar a perdas maiores de água que os vazamentos aparentes. A afirmação é do diretor técnico da autarquia, Lineu Andrade de Almeida, e feita durante reunião do Comitê Permanente de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e de Eficiência Energética (CPG), realizada por videoconferência. O evento aconteceu na quinta-feira (23),
“Os vazamentos não visíveis provocam perdas maiores porque podem ficar por longos períodos sem aflorar. Quando afloram, são reparados imediatamente e as perdas cessam. Justamente por permanecer vazando, mesmo que em pequeno volume, o tempo leva a grandes perdas”, afirma Almeida. No próximo dia 31 de agosto, serão abertos os envelopes da concorrência para a contratação de empresa que fará a detecção e reparos de vazamentos não visíveis (ocultos) em 2.550 quilômetros de redes de água em toda a cidade.
Após este primeiro trabalho, a busca e reparos de vazamentos não visíveis continuarão a ser feitos pelos servidores do Daerp.“O controle, depois, será feito pela vazão mínima noturna dos reservatórios. Se percebermos aumento de vazão é porque há vazamento não visível. Será um controle fino deste tipo de perda”, explica Almeida.