Uma reunião com a Polícia Militar deve definir nesta quarta-feira, 17, quais grupos poderão usar a Avenida Paulista como palco de manifestações durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que acontece no próximo dia 24, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. O Movimento Brasil Livre (MBL) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) desejam ocupar a avenida. Polícia teme violência entre os grupos.
O MBL foi o primeiro a comunicar o comando da PM sobre a organização de uma manifestação na Paulista. Por isso, a princípio, a preferência seria de quem pediu primeiro. Ou seja, do MBL. Mas, com um evento já divulgado nas redes sociais, a CUT também definiu a avenida como seu espaço de manifestação. O impasse está colocado e uma solução só deve ser alcançada na reunião de amanhã.
Procurado pela reportagem, O MBL preferiu não se manifestar – porque ainda estaria definindo pontos da organização interna da manifestação. Já o presidente da CUT Estadual, Douglas Izzo, aposta na reunião para definir o local do ato. “Acredito que se houver um acordo os dois grupos poderão se manifestar democraticamente na Paulista. Mas isso será definido apenas na reunião”, disse.
Por e-mail, a assessoria de imprensa da Polícia Militar adiantou que “o planejamento destas operações de policiamento está em andamento e conta com a colaboração de outros órgãos de forma conjunta, tais como: CET, SPTrans, GCM, Prefeituras Regionais, entre outros, de relevância na organização desses eventos, tais como sindicatos e outros grupos que pretendem manifestar-se no dia.”
Além disso, o comunicado da PM afirma: “Será empregado um policiamento reforçado nos pontos considerados sensíveis como: Av. Paulista, Praça da Sé, Praça da República e saídas de estação do metrô e Terminais de Ônibus.”