Depois de dez dias de pesadelo desde a descoberta de um tumor renal até a cirurgia para sua retirada, o atacante Roger, do Botafogo, ouviu a notícia que mais esperava nesta quarta-feira: está curado. A biópsia mostrou que a formação era benigna e o médico responsável pelo jogador explicou que, por isso, não será necessário nenhum tratamento adicional.
“O Roger se recuperou muito bem, a cirurgia foi rápida, com sangramento muito pequeno. Hoje, a gente conseguiu obter o resultado patológico final e identificamos uma tumoração benigna Isso é muito positivo para o emocional dele e para o prognóstico. Não vamos precisar fazer nenhum tratamento adicional. A perspectiva é que ele esteja curado”, declarou o médico Raphael Rocha.
Roger e o médico concederam entrevista coletiva no Hospital Samaritano, no Rio. Ao ouvir a confirmação de seu diagnóstico, o atacante botafoguense não controlou as lágrimas. Emocionado, comemorou ter deixado o “momento mais difícil da vida” para trás
“Doutor (Raphael Rocha), quero agradecer ao senhor. Me emociono porque sem dúvida foi o momento mais difícil da minha vida. Eu esperei para dar essa entrevista porque queria falar curado. É muito bom ouvir isso do senhor. Quero agradecer a todos, deus abençoe a vida de todos, do povo brasileiro, as torcidas, atletas, treinadores…”, disse.
O tumor de Roger foi anunciado pelo Botafogo no dia 30 de setembro. O clube informou que o jogador passaria por cirurgia, realizada no último domingo, e não atuaria mais esta temporada. A rápida recuperação e o fim do pesadelo, no entanto, já fazem com que o centroavante sonhe com o retorno antes do previsto.
“Minha meta é jogar contra o Cruzeiro (na última rodada do Brasileirão, dia 3 de dezembro). Por que não? Se daqui a 30 dias eu iniciar, em 15 recuperar a forma física, por que não? É um sonho, também não vou criar expectativa. Mas é um objetivo. Se acontecer, ótimo, se não, eu acabo o ano treinando, alegre, saudável. Isso para mim já é um grande ganho”, projetou.
Roger ainda exaltou a superação de um momento tão complicado. “Eu cheguei na sala do doutor e falei que vivia a melhor fase da minha vida: 49 jogos, 17 gols, vivendo sonho de todo o atleta. Me perguntei, sim, o porquê nessa hora. Mas não seria justo reclamar. Eu sou um privilegiado, tenho uma família linda, sou um atleta de alto nível, tenho filhos abençoados, voltei a ficar curado. Questionei, mas não reclamei, porque o mesmo deus que me deu tudo me deu essa doença. E também foi ele que me trouxe um grande medico e fez uma cirurgia.”