No preparo desse material, que ora apresento aos nossos leitores, fiz uma revisão minuciosa da literatura médica pertinente a essa doença e confesso que, em princípio fiquei surpreso com muitos dados estatísticos obtidos da leitura e reflexão sobre essa doença chamada diabetes. Antes de citar algumas estatísticas surpreendentes, preciso dizer que tanto o diabetes tipo 1 quanto o 2 é uma doença que, como dissemos em nosso material, estampado aqui mesmo nesse espaço, uma vez diagnosticada não há cura, mas há tratamento eficaz.
É como se a pessoa não tivesse doença alguma. E isso mostra que tanto o paciente portador de diabetes de qualquer tipo deve, precisa, receber aulas, isto é, fazer um curso sobre diabetes, que deve ser ministrado pela equipe médica encarregada de conduzir o caso. E essa equipe deverá ser integrada pelo médico especialista em endocrinologia e metabologia e por enfermagem padrão e técnico em enfermagem bem como psicólogo, fisioterapeuta e preparador físico.
Essa equipe em conjunto deve ministrar as aulas sobre essa doença, tanto para a pessoa portadora da doença como para os familiares próximos do paciente. Esse conjunto de profissionais é capaz de transformar uma doença relativamente grave em uma, sem gravidade alguma e até como se não tivesse doença nenhuma.
Dados estatísticos divulgados pela Federação Internacional de Diabetes mostram que a cada 5 segundos morre uma pessoa em decorrência de diabetes. É um quadro assustador para uma doença que como comentamos acima, já conhecemos quase tudo sobre ela. Então, fica fácil entender que se as coisas estão desse jeito é por que há falha na estrutura e esclarecimentos sobre essa doença. No mundo de hoje, existem 537 milhões de pessoas com diabetes com um aumento muito importante.
O Brasil, com seu precário sistema de saúde e sua falta crônica de investimentos em saúde pública, é responsável por 7% de sua população com diabetes, o que corresponde a 16,8 milhões de brasileiros com a doença. E o que é pior: uma parte considerável dessa população nem sequer sabe que é portadora de diabetes. Esses dados são pré-pandemia. Já com a chegada da pandemia no Brasil, é claro que as coisas pioraram, e isso é devido a:
Dificuldade de acesso ao sistema de saúde;
Dificuldade de se manter uma alimentação saudável;
Menor índice de atividade física.
No Brasil, temos 2,8% do total de mortes devido a diabetes para os menores de 60 anos. E ainda com a pandemia, 1,2 milhão de pessoas com diagnóstico de pré-diabetes deixaram de fazer os exames médicos.
Já dos casos de pacientes com diabetes confirmados, 64% deixaram de se submeter aos seus exames médicos. Como se vê, a atual pandemia trouxe prejuízos enormes para os pacientes crônicos em geral e para os diabéticos em particular, mais ainda.
Assim, o diabetes tipo 2 é uma doença crônica, não transmissível, em grande parte evitável e tratável e está aumentando assustadoramente no mundo inteiro e no Brasil também. Enquanto o diabetes tipo 1 não há como ser evitado, mas pode ser perfeitamente controlável com injeções diárias de insulina.
O Brasil é o quinto país do mundo em incidência de diabetes, só perdendo para os Estados Unidos, China, Índia e Paquistão. Dados atuais sugerem que se não houver um investimento considerável em medicina preventiva, daqui a nove anos o Brasil terá 21,5 milhões de brasileiros diabéticos.
É uma estatística impressionante. Então, uma pergunta importante é: como cuidar bem do diabetes? A resposta mostra que tomar medidas preventivas para qual tipo de diabetes a pessoa deseja prevenir.
Se a prevenção é para o tipo 1, a pessoa deve investigar se os seus ancestrais foram ou são portadores da doença e a partir daí fazer consulta médica periódica. Já a prevenção do diabetes tipo 2, a dieta balanceada com o consumo de frutas, verduras e legumes como parte integrante de cada refeição.
Evitar o ganho de peso e a obesidade, bem como manter atividade física diária, além é claro, de realizar consulta médica periódica e finalmente não fumar de jeito nenhum. Desejamos aos nossos leitores os votos de um Ano Novo muito feliz!