Como sabemos, o cérebro comanda todas as atividades do corpo. E assim sendo, cuidar bem da sua cabeça significa antes de mais nada cuidar bem do seu corpo inteiro. E a observação diária na vida das pessoas mostra que nem sempre a pessoa cuida bem do seu corpo e às vezes lança mão de medidas altamente desaconselháveis, como por exemplo a automedicação.
Já vimos aqui mesmo nesse espaço, que a dor de cabeça é o incômodo mais frequente na vida de qualquer pessoa e claro, muito frequentemente as pessoas diante do incômodo tomam qualquer remédio, às vezes alguns até prejudiciais.
É claro, que se uma pessoa já está acostumada com algum remédio, que julga eficaz no seu dia a dia, ao utilizá-lo com bom resultado, o aconselhável mesmo assim, é fazer uma consulta médica, o que quase sempre não é eficaz pelo fato dos sintomas terem desaparecido.
Algum outro transtorno na cabeça das pessoas e que acompanha no decorrer da vida e, que traz consequências algumas vezes dramáticas é o sono. Sim, e é do conhecimento da população que nada se iguala a uma noite bem dormida. E é verdade. Com relação aos benefícios de uma noite bem dormida podemos citar até o bom humor das pessoas. Uma pessoa que não dorme bem é quase sempre uma pessoa estressada, irritadiça e mal humorada. Bem, mas afinal, o que é a insônia?
É a dificuldade de pegar no sono e de conseguir se manter no sono contínuo sem ser interrompido. O Brasil é um dos países mais insones do mundo, só perdendo para os Estados Unidos e Japão. Na América Latina e Caribe, o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os portadores de insônia. Quer dizer: os brasileiros dormem mal.
E as causas são as mesmas encontradas em qualquer país do mundo: estresse, ansiedade, depressão, dor crônica, uso de alguns remédios (algumas vezes por conta própria), vida sedentária (falta de atividade física) uso exagerado do álcool, alguns remédios, certas bebidas como café e hábitos inadequados de vida, crises econômicas levando à falta de dinheiro entre outras causas.
A insônia como doença não tem cura, mas tem tratamento e o resultado é quase sempre satisfatório. Hábitos saudáveis de vida e estabelecer normas disciplinares como ir para a cama quase sempre em um mesmo horário, não assistir a filmes com características de violência, assim como não fazer refeições pesadas à noite e evitar conflitos familiares a noite, etc.
Essas atitudes são de grande utilidade para a pessoa ter uma vida saudável e constante, vão auxiliar muito conseguir conciliar o sono e manter a pessoa dormindo. Agora, se a pessoa tiver mesmo dificuldade para pegar no sono e de se manter dormindo, ela então deve procurar um médico especialista em doenças do sono, e que é o médico neurologista.
E o mais importante é que, apesar de existirem muitos bons remédios que fazem a pessoa realmente dormir, o tratamento da insônia quase nunca necessita de comprimidos para dormir. Em muitos casos apenas a correção do estilo de vida da pessoa já leva a uma importante melhora da insônia.
Por outro lado um especialista em Medicina do Sono que é uma subespecialidade da Neurologia, deve sempre ser consultado se essas medidas de correção do estilo de vida não derem bons resultados. Como em qualquer caso clínico, o caso dos remédios deve sempre ser da competência do médico especialista encarregado do caso. E os remédios para dormir atualmente disponíveis são realmente muito bons.
Eles, de fato, fazem a pessoa dormir, mas veja bem: só o médico especialista deve ser consultado e de posse das informações para conduzir bem o caso, vai fazer com que a pessoa realmente consiga dormir.
A necessidade de sono por noite depende muito da idade da pessoa e é muito maior nas crianças que nos adultos e idosos. A média de sete a oito horas de sono por noite é bastante aceitável e se constitui em um bom parâmetro.
Existem estatísticas mostrando que quase 60% dos brasileiros não dormem direito e com a pandemia houve uma piora muito grande no sono dos brasileiros.