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Cuide bem da sua cabeça – parte 01

Como já tivemos a oportunidade de estampar aqui mesmo nesse espaço, os órgãos e sistemas do corpo humano funcionam harmo­nicamente para o bem-estar da pessoa. Agora, é preciso dizer que existe um órgão que podemos afirmar ser o centralizador de todos os órgãos e sistemas do corpo humano, que é o cérebro. Ao cérebro cabe coordenar praticamente tudo que acontece no organismo. E fazendo parte do corpo e sendo também um órgão, ele está sujeito a sofrer transtornos ou doenças.

Essas podem ser de dois tipos, podendo afetar o componente emocional ou psicológico ou a parte física do corpo. Daí termos dois tipos de transtornos cerebrais. Com relação aos transtornos ou doenças podemos dizer que na esfera emocional, dois deles assumem a dianteira sendo que um deles o Brasil chega à triste condição de ser o primeiro lugar no mundo, que é a ansiedade. Ela afeta pessoas de qualquer idade. Estudos já realizados mostram que após a chegada da pandemia essa doença teve um aumento exponencial. A ansiedade assumiu no Brasil proporções alarmantes. A ansiedade hoje é conhecida como o mal do século.

No Brasil a ansiedade chega a quase 10% da população. É uma con­dição que traz enorme desconforto para a pessoa tornando-a agitada, traz sensação de medo, coração bate ligeiro demais, sente dor no peito, ocorre tremor de extremidades, ocorre insônia e agitação e quer fazer tudo agora. Como se trata de um transtorno na esfera mental, o tratamento da pessoa com ansiedade deve ser feito por um médico neurologista ou psiquiatra. Aqui é preciso pôr fim ao preconceito de que esses transtornos levam a pessoa à loucura. Isto é algo de um passado distante totalmente descabi­do de que psiquiatra é médico de loucos. Felizmente esse preconceito já figura na sociedade humana como algo distante e até fora de moda.

O tratamento da ansiedade deve ser feito por esses dois profissio­nais da medicina e dá bons resultados e a pessoa consegue, aderindo ao tratamento, uma melhora significativa e duradoura. Atualmente os transtornos na esfera mental são tratados por uma equipe em que além dos médicos especialistas em neurologia e psiquiatria, também fazem parte o psicólogo, o treinador físico e a enfermagem especializada. Esses profissionais trabalhando harmonicamente são capazes de reverter casos graves trazendo a pessoa aos níveis da normalidade.

O segundo transtorno cerebral mais frequente entre os brasi­leiros é a depressão, que também com a chegada da pandemia teve seus níveis aumentados de maneira alarmante. Mas, afinal como saber se a pessoa está ou não entrando em depressão? Trata-se de uma situação até relativamente simples. O primeiro sinal de que a depressão está se instalando em uma pessoa é que ela se torna triste. Não é o comportamento habitual da pessoa e os familiares e amigos observam que a pessoa já não é mais a mesma.

A pessoa depressiva raramente sorri. E ela prefere ficar isolada e se recusa ao convívio social.
Ela passa a ter choro fácil sem motivo e perde o interesse pela vida. Até os cuidados pessoais são negligenciados, no­ta-se apatia. Ela passa a ter sensação de culpa por qualquer coisa. Com relação ao sono ou ela sente insônia ou tem sono excessivo, o mesmo acontecendo com a alimentação: ou come demais e ganha peso, ou não sente fome e perde peso. O raciocínio torna-se lento. E a pessoa passa a se esconder. O tratamento da depressão é feito também pelos médicos neurologistas ou psiquiatras, acompanhados também pelo profissional da psicologia, o treinador físico e a enfermagem espe­cializada. Mas afinal, como cuidar bem da sua cabeça?
Antes de mais nada os princípios de uma vida saudável assumem a dianteira. Primeiro manter um bom relacionamento com as pessoas da família evitando o máximo possível o aparecimento de conflitos.

Esse comportamento se estende também aos locais de trabalho onde a tolerância deve ser o componente fundamental. Uma dieta balanceada é igualmente de grande importância. Dormir de sete a oito horas por noite também faz parte dos princípios, atividade física diária feita em academias ou em caminhadas é igualmente um fator de maior importância.
(Continua na próxima semana)

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