Duarte Nogueira *
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Desde a última sexta-feira, dia 16, está permitida a propaganda eleitoral de candidatos já registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral para a disputa das eleições deste ano. Este é um período em que o eleitor deve ficar atento ao que dizem os candidatos que querem governar a cidade, no Executivo, e os que querem representar os cidadãos, no Legislativo. Uma boa parte destes senhores candidatos não encara a disputa como uma eleição, onde ganhar e perder faz parte do jogo, mas enxerga como uma guerra, na qual os inimigos (não adversários) precisam ser destruídos. E isso é muito ruim para a democracia.
Com foco apenas em conseguir a eleição, são muitos os candidatos que mentem, e muito, para desconstruir os feitos dos adversários, ao invés de propagar seus próprios feitos e seus compromissos com a cidade, caso vençam a eleição. Estes são os candidatos perigosos, porque eles não têm medidas ou limites. Interessa, antes de qualquer regra, levar vantagem, conseguir os votos necessários. Com isso, adoecem a disputa e a tornam menor do que realmente é, principalmente quando o que está em discussão é o futuro de uma cidade com a importância de Ribeirão Preto.
Felizmente hoje já existem várias formas de se descobrir as verdades escondidas por trás de narrativas fáceis, que têm como único objetivo levar o eleitor a erro no momento da escolha. Há os veículos de comunicação que trabalham para melhor informar o eleitor. Há os tribunais eleitorais que dão dicas de como escolher o candidato e há ainda as redes sociais, que quando bem utilizadas levam informações aos cidadãos. Neste caso é sempre bom ter um olhar mais criterioso para a informação, porque o único controlador é quem a recebe.
Assim, quando o candidato demonstra interesse em apenas desconstruir, desconfie dele. Porque precisamos de pessoas que constroem, que edificam, e não das que destroem para a simples satisfação de interesses próprios, que não são coletivos, mas individuais, sem o alcance necessário a um governo que pensa com pluralidade e intenção de administrar para todas as pessoas por todo o tempo em que estiver no exercício do mandato, seja de prefeito ou de vereador. Precisamos de fazedores, não de faladores.
Digo isso porque antes mesmo do início oficial da propaganda eleitoral, vejo que alguns mentem despudoradamente sobre os nossos dois mandatos à frente da prefeitura de Ribeirão Preto. E mentem porque sabem que fizemos um bom governo, que avançamos muito e temos a aprovação da grande maioria dos habitantes, porque esta maioria sabe reconhecer o trabalho intenso de reconstrução que fizemos na nossa gestão. Desde tirar a cidade das páginas policiais e reconquistar a credibilidade perdida, até realizar investimentos em obras inéditas na cidade.
Tudo feito com austeridade, redução de despesas, sem aumentar impostos e com muito planejamento e transparência. Porque ninguém acorda de manhã e resolve fazer todas as obras que fizemos e estamos fazendo, sem antes preparar todas as ações necessárias. Aliás esta preparação está no Plano Diretor, que atualizamos em 2018, e em suas leis complementares que levamos à aprovação, porque estavam desatualizadas ou sequer existiam. Está no planejamento contido no nosso Plano de Metas e também na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Tudo para juntar a vontade de fazer com as condições existentes para a execução.
Ainda que mintam, o eleitor tem boas ferramentas para escolher. Além de buscar a verdade por trás das narrativas, é bastante aconselhável que verifique a vida pregressa dos candidatos, para saber o que eles já fizeram. Isso feito, afaste-se dos que mentem. Porque quem mente na campanha certamente fará também um governo extremamente mentiroso.
* Prefeito de Ribeirão Preto
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