O Campeonato Brasileiro de 2009 novamente virou exemplo para o Palmeiras se animar para manter o sonho de título nesta temporada. Depois de os jogadores relembrarem na última semana que a competição atual vivia situação semelhante à ocorrida há oito anos, nesta segunda-feira (19) foi a vez de o técnico Cuca buscar outra passagem marcante daquele ano para mostrar que, enquanto há chance de título, a equipe tem de acreditar.
Em 2009, Cuca dirigia o Fluminense. O time carioca aparecia na projeção dos matemáticos com 99% de chance de ser rebaixado, mas reagiu e nas últimas 11 rodadas ganhou oito partidas e empatou três, escapando da queda de forma heroica. “Nós tínhamos 1% de chance de escapar e nos agarramos nisso. Cada vez que vamos para o Rio eu vejo uma faixa que diz que 99% não é 100%. Isso responde por si só”, afirmou o treinador.
O Palmeiras bateu na segunda-feira à noite o Coritiba por 1 a 0, no Pacaembu, e se manteve 13 pontos atrás do Corinthians. Na avaliação de Cuca, a equipe teve uma atuação competente, ao criar mais chances e controlar uma partida considerada difícil. “Esses jogos são perigosos porque você enfrenta um time que está na zona de rebaixamento, vem pressionado e joga fechado. Se não tomar cuidado, você leva gol no contra-ataque e fica mais difícil”, disse.
Como Santos e Grêmio perderam nesta última rodada, o Palmeiras ficou mais perto de ganhar posições na tabela. “Temos de fazer a nossa arrancada. Não adianta nada torcer contra os outros e não fazer a sua parte. Estamos no caminho certo”, disse o treinador. No próximo domingo, no Rio, a equipe enfrenta o Fluminense para tentar chegar à quarta rodada consecutiva sem perder.
Borja – O treino para os reservas do Palmeiras nesta terça-feira, durante a reapresentação após a vitória por 1 a 0 sobre o Coritiba, foi marcado por dois fatos. O coletivo foi o primeiro com participação de Felipe Melo desde a reintegração ao elenco, há duas semanas, e teve ainda um episódio de irritação do colombiano Miguel Borja, que não gostou de ser cobrado pelo volante Thiago Santos.
Na atividade, o atacante colombiano não gostou de levar uma bronca sobre a falta de ajuda à marcação. Borja discutiu com o colega, deixou o campo e sentou à beira do gramado. Irritado, ele foi procurado e acalmado pelo técnico Cuca, que intermediou um encontro entre o jogador e Thiago Santos. Os dois se cumprimentaram, conversaram e foram ao vestiário.