Tribuna Ribeirão
Economia

Cruzeiros injetam R$ 3,6 bi na economia brasileira

A temporada de cruzeiros 2022/2023 entra em sua reta final, consolidando-se como a maior dos últimos dez anos, com a estimativa de 650 mil a 700 mil passageiros embarca­dos, mais de quatro vezes aci­ma da anterior, que teve me­nos navios e menor período de navegação.

Segundo a Associação Bra­sileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), a temporada atu­al, que termina em abril, gerou cerca de 48 mil empregos, tra­zendo impacto econômico de aproximadamente R$ 3,6 bi­lhões, crescimento de 240% em relação a 2021/2022.

O valor engloba tanto os gastos diretos, indiretos e in­duzidos das companhias ma­rítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes. Já par­tiram os navios Costa Firenze, Costa Fortuna, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Fantasia, MSC Musica, MSC Preziosa, MSC Seashore e MSC Seaview.

Eles formam o grupo de nove embarcações de cabota­gem que partiram dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP), com esca­las em 17 destinos, incluindo Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este, que voltaram aos roteiros depois de um pe­ríodo de restrições.

De acordo com a Clia Brasil, a temporada 2022/2023 tam­bém marcou a volta do Brasil à rota de importantes com­panhias marítimas de todo o mundo, com 35 navios de longo curso fazendo paradas em 45 destinos localizados em 15 es­tados, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, entre outros.

O presidente da Clia Bra­sil, Marco Ferraz, diz que co­memora avanços e conquistas nesta temporada, a maior da década, com as portas abertas para a próxima, que deve ser a maior dos últimos onze anos. “Estamos trabalhando muito pelo presente e pelo futuro do setor”, diz.

“Isso engloba a busca de novos destinos, com alguns já confirmados para 2023/2024, melhorias na infraestrutura, nos custos, no ambiente de negócios do Brasil, além de investimen­tos em sustentabilidade rumo à meta de diminuir as emissões de carbono em 40% até 2030 e zerá-las até 2050, entre outras coisas”, afirma, em nota.

Para a temporada 2023/2024, prevista para ter navegação de outubro a maio, o setor tem perspectivas positivas, com a expectativa de ofertar 840 mil leitos, crescimento de 6% em relação à temporada atual, e in­jetar cerca de R$ 3,9 bilhões para a economia brasileira.

Segundo a CLIA Brasil, serão nove navios, como em 2022/2023, mas com capacida­de maior. Entre as novidades, está a confirmação de Parana­guá (PR) como porto de em­barque, além da possibilidade de estreia de destinos catari­nenses, com escalas-teste em Penha e em São Francisco do Sul, além do trabalho de mais longo prazo para viabilizar ou­tras cidades, como Vitória.

A próxima temporada tam­bém terá 35 navios de longo curso, que farão paradas em 47 destinos de 15 estados, como Amapá, Amazonas, Pará, Ma­ranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Ja­neiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Nosso foco é que a indús­tria de cruzeiros continue cres­cendo, impactando positiva­mente a economia do país, de toda comunidade envolvida na nossa atividade, toda cadeia de turismo, como agências de via­gens, operadoras de turismo, hotéis, gastronomia, atrações, entre outros, além dos desti­nos que recebem os navios”, diz Marco Ferraz.

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