Com 32 anos, Cristiano Ronaldo se igualou a Lionel Messi e ganhou pela quinta vez o troféu de melhor jogador do mundo. No evento de gala da Fifa, em Londres, nesta segunda-feira, o português completou uma temporada de conquistas. Mas, acima de tudo, mandou uma mensagem de que não irá descansar enquanto não for consagrado como o melhor de sua geração.
Nesta edição, votaram treinadores, capitães de seleções, torcedores e jornalistas. Messi e Neymar completaram o pódio.
“Esse é um momento único na minha carreira”, afirmou o português, que quebrou o gelo elogiando Messi e Neymar. “São onze anos que estou aqui nesse palco. Era algo que eu ambicionava”, disse o jogador, apontando que suas conquistas são fruto de “talento e trabalho”.
Com uma ambição da dimensão de sua técnica, o português já é o esportista mais bem pago da história. Pelos próximos quatro anos, ganhará US$ 50 milhões de sua equipe. Com a Nike, fechou um contrato vitalício que o pode render US$ 1 bilhão. Sua marca é nome de aeroporto em Portugal, de redes de hotéis, estátuas e dezenas de produtos de marketing. Nas redes sociais, conta com 275 milhões de seguidores, um recorde.
Seus assessores e observadores insistem que isso não ocorreu por acaso e que Cristiano focou seu trabalho tanto na parte técnica como física. “Foram inúmeras as vezes em que vi o time inteiro de Ronaldo deixar um treinamento e ele insistir em permanecer, treinando faltas contra goleiros mais jovens ou simplesmente fazendo abdominais”, contou Marcos Motta, um dos principais especialistas hoje em direito esportivo.
O prêmio deve ainda reforçar a discussão se Messi ou Cristiano são os melhores. Para Zinedine Zidane, treinador do Real Madrid, não existem dúvidas: “Ronaldo é o melhor jogador de sua geração, de longe. Ele já demonstrou isso muitas vezes e o prêmio é merecido. Ele sempre quer provar que é o melhor e o é.”
A noite de gala da Fifa para a entrega de seus prêmios anuais reverenciou dois dos maiores nomes do futebol europeu nos últimos tempos. Melhor jogador do mundo em 1998, 2000 e 2003, o francês Zinedine Zidane voltou a ser eleito o melhor em seu cargo, mas desta vez como técnico. Já o italiano Gianluigi Buffon foi reconhecido como melhor goleiro da temporada 2016/2017.
Três brasileiros foram eleitos para fazer parte do melhor time de 2017, numa eleição realizada pela Fifa. Neymar, Marcelo e Dani Alves foram selecionados para o “11 ideal” da entidade, que elege o melhor jogador do planeta nesta segunda-feira.
Voto de Tite – Pouco após a premiação, a Fifa divulgou as opções de cada um dos eleitores. E Tite escolheu Ronaldo como o melhor do mundo na temporada, deixando Neymar apenas como segundo opção. Em terceiro lugar, o técnico da seleção apontou Lionel Messi.