Segundo as “Estatísticas da Criminalidade”, divulgadas pela Secretaria de Estado da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) no final de dezembro, a incidência de crimes contra o patrimônio e contra a vida aumentaram em onze meses deste ano em Ribeirão Preto. Houve mais furtos e roubos de veículos, furtos e roubos em geral, homicídios e estupros em comparação com o mesmo período de 2020.
Ribeirão Preto registrou 51 homicídios em onze meses do ano passado, contra 45 do mesmo período de 2020, seis a mais e alta de 13,3%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021. Na comparação entre os meses de novembro, houve aumento de 100%, de três para seis, três a mais. A cidade fechou 2020 com 49 homicídios, um a cada sete dias e meio, alta de 16,6% em relação aos 42 do mesmo período de 2019. A taxa de casos por 100 mil habitantes subiu de 5,84 para 6,62.
Houve um latrocínio – roubo seguido de morte – em 2021, em julho, mas no ano anterior foram registrados três casos no período, nenhum no 11º mês, queda de 66,7%. Em todo o ano de 2020 foram quatro ocorrências. Somando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou 2020 com 53 assassinatos, cerca de um a cada sete dias e meio, nove a mais do que os 44 de 2019, alta de 20,4%. Em 2021 são 46.
Um dado preocupante envolve a ocorrência de estupros, que em onze meses de 2021 é 161,1% superior. Ao contrário dos crimes contra o patrimônio, este tipo de atentado só pode ser evitado se a vítima denunciar. São 120 casos em 2021 contra 46 do mesmo período de 2020, ou seja, 74 a mais. A média é de um a cada três dias.
Na comparação entre os meses de novembro, houve queda de 22,2%, de 18 para 14, quatro a menos. Oitenta e uma crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime no ano passado, 67,5% do total. Os casos de estupro despencaram 24,3% em 2020, de 74 para 56 casos, 18 a menos em doze meses. Em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).
Os furtos de veículos aumentaram 45,9% em onze meses do ano passado, de 1.024 em 2020 para 1.494. São 470 a mais, com média diária de quatro. Na comparação entre os meses de novembro, a alta chega a 57,9%, de 107 para 169. São 62 a mais. A queda foi de 32,4% em 2020 – baixou de 1.695 em 2019 para 1.146, ou 549 a menos. A média diária caiu para três casos.
Os roubos de veículos cresceram 15,2%, de 310 para 357. São 47 a mais. A média é pouco superior a um por dia. Na comparação entre os meses de novembro, houve alta de 8,8%, de 34 para 37, três a mais. Em 2020, os roubos de veículos caíram 36,7%, de 569 ocorrências para 360, ou 209 a menos em doze meses de 2019.
A média baixou para menos de um (0,9) por dia. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes caiu de 330,49 para 216,89. Já os casos por 100 mil veículos recuaram de 416,51 para 273,73. A taxa de furto por 100 mil veículos caiu de 311,83 para 208,30 e a de roubo por 100 mil veículos baixou de 104,68 para 65,43 em 2020.
O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar disparou 87,1% em onze meses de 2021, quando 593 foram devolvidos aos donos, contra 317 do mesmo período de 2020. São 235 a mais. A média é de quase dois por dia. Na comparação entre os meses de novembro, houve alta de 164%, de 25 para 66, ou 41 a mais.
Em 2020, recuou 59,4%, de 873 em doze meses de 2019 para 354. São 519 a menos. A média diária recuou para menos de um (0,9). Os casos de furtos em geral saltaram de 5.633 nos primeiros onze meses de 2020 para 6.690 no ano passado, alta de 18,8% e 1.057 a mais.
A média diária é 20. Na comparação entre os meses de novembro, houve alta de 29,9%, de 562 para 730 – ou 168 a mais. Em 2020, essas ocorrências recuaram 30%. A incidência baixou de 8.823 em 2019 para 6.176, redução de 2.647. A média diária caiu para 17. A taxa despencou de 1.287,94 para 889,44 por 100 mil habitantes.
As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – saltaram de 1.750 em 334 dias de 2020 para 2.267 no mesmo período de 2021. São 517 a mais e alta de 29,5%, com média diária de sete. Na comparação entre os meses de novembro, houve aumento de 44,3%, de 174 para 251 – ou 77 a mais.
A retração em 2020 foi de 35,4%. Caiu de 2.977 em doze meses de 2019 para 1.922 no ano posterior, com 1.055 a menos. A média diária baixou para cinco. A taxa caiu de 434,57 para 276,80 por 100 mil habitantes. A Polícia Militar pede à população que registre boletim de ocorrência. Assim, a corporação pode reforçar o policiamento ostensivo e preventivo nas regiões com mais incidência de crimes.