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Criminalidade – Furtos e roubo de carros aumentam

Entre janeiro e outubro des­te ano, Ribeirão Preto registrou mais homicídios, estupros, fur­tos em geral e furtos e roubos de veículos, segundo os dados do levantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgados pela Secretaria de Estado da Se­cretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) na noite de quinta-feira, 29 de novembro. A atuação das polícias Civil e Mili­tar resultou no recuo dos índices de roubo em geral e no aumento da recuperação de carros, motos e caminhões recuperados.

Os furtos de veículos dispa­raram 19,7% – saltaram de 1.172 para 1.403, aporte de 231. A média mensal passou de 117 para 140 e a diária, de quase quatro (3,9) para perto de cinco (4,6). Os roubos de veículos ficaram praticamente estáveis, com leve alta de 0,9%, de 571 em dez meses de 2017 (média de 57 por mês e quase dois por dia – 1,9) para 576 (médias semelhan­tes), ou cinco a menos. O índice de recuperação de veículos pelas po­lícias Civil e Militar cresceu 14,1% neste ano, de 946 em dez meses de 2017 (média mensal de 94 e diá­ria de três) para 1.080 (ou 108 por mês e mais de três por dia – 3,6), com 134 a mais.

A quantidade de furtos cres­ceu 10,5%, de 7.519 ocorrências em 2017 (média mensal de 751 e diária de 25) para 8.310 em 2018 (ou 831 por mês e 27,7 por dia, mais de um por hora), 791 a mais. Os casos de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – caíram 4,3%, de 3.185 (média mensal de 318 e diária superior a dez – 10,6) para 3.049 no mesmo período de 2018 (ou 304 por mês e dez), com 136 a menos.

Homicídios
O número de vítimas de homicídios registrados em Ri­beirão Preto subiu 17,2% entre janeiro e outubro deste ano, em comparação com o mesmo pe­ríodo de 2017, saltando de 29 para 34, cinco a mais, mais de três assassinatos por mês, um a cada dez dias.

Os dados mostram que a alta no município está na contramão dos números registrados em todo o estado de São Paulo. Segundo a SSP-SP, a soma de casos das 645 cidades paulistas mostra 2.560 ví­timas de homicídios no período (média mensal de 256 e diária de 8,5), contra 2.864 em dez meses de 2017 (média de 286 por mês e de 9,5 por dia), recuo de 10,6% e 304 mortes a menos.

A quantidade de latrocínios – roubo seguido de morte – caiu 60% na cidade, de cinco para um na comparação entre os perío­dos de dez meses, três a menos no atual exercício – foram cinco em todo o ano passado. Não está computado o caso do estudante Brener Bryan Alves Teixeira, de 17 anos, assassinado por Márcio Roberto Búfalo, de 45, em um ponto de ônibus ao lado da Escola Estadual Doutor Thomaz Alberto Whately, nos Campos Elíseos, em de novembro..

Neste ano, já são sete homi­cídios no Ipiranga (5º Distrito de Polícia) e mais cinco nos Campos Elíseos (2º DP), na Zona Norte. Na Zona Oeste são 15 assassina­tos – sete homicídios na Vila Ti­bério (3º DP), seis na Vila Virgínia (6º DP) e os dois latrocínios. Na Sul são cinco – dois em Bonfim Paulista (7º DP) e três na cidade, região do Jardim América (4º DP). O Jardim Paulista (8º DP), na Zona Leste, teve dois homicídios. No Centro (1º DP) foram dois as­sassinatos, em março.

Estupros
Segundo o levantamento, em dez meses deste ano Ribeirão Preto registrou 109 denúncias de estupro, quase onze por mês, mais de uma a cada três dias – 60 en­volvendo vulneráveis (crianças ou adolescentes), 55% do total. O nú­mero geral é 10,1% superior aos 99 do mesmo período de 2017 (51 de menores, 51,5% do total), dez a mais em 2018.

O total deste ano representa 81,3% de todas as denúncias de 2017 inteiro (134). A quantidade de ocorrências envolvendo me­nores cresceu 17,6%, de 51 para 60, com nove casos a mais. Ribei­rão Preto fechou 2017 com 134 acusações, 42,5% acima dos 94 do ano anterior, 40 ocorrências a mais. A média mensal saltou de aproximadamente três (um a cada dez dias) para mais de onze (um a cada 72 horas).

Dos 134 casos registrados até 31 de dezembro, 74 envolveram vulneráveis (55,2% do total) – crianças ou adolescentes. São 51 a mais que as 23 de 2016, alta de 221,7%. Em 2015 foram 47 casos no total – a quantidade de ocor­rências com vulneráveis não foi divulgada. Em 2014 foram 66, contra 93 de 2013, outros 102 de 2012, mais 100 de 2011 e 88 de 2010. Os anos com menor nú­mero de denúncias foram 2005 e 2007, com 39 cada.

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