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Criminalidade avança em Ribeirão Preto

REPRODUÇÃO

Segundo os dados do le­vantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgados pela Secretaria de Estado da Secre­taria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) nesta sexta-feira, 24 de setembro, a incidência de crimes contra o patrimônio aumentou em oito meses deste ano em Ribeirão Preto. Houve mais furtos e roubos de veículos, furtos e roubos em geral, homicídios e estupros em comparação com o mesmo período de 2020.

Dentre os casos de crime contra a vida, os homicídios dobraram em agosto e as ações contra o patrimônio registra­ram alta no mês passado. Ri­beirão Preto registrou 40 ho­micídios em oito meses deste ano, contra 30 do mesmo pe­ríodo de 2020, dez a mais e alta de 33,3%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021.

Na comparação entre os meses de agosto, houve alta de 100%, de três para seis em 2021. A cidade fechou o ano passado com 49 homicídios, um a cada sete dias e meio, alta de 16,6% em relação aos 42 do mesmo período de 2019. A taxa de casos por 100 mil habi­tantes subiu de 5,84 para 6,62.

Houve um latrocínio – roubo seguido de morte – em 2021, em julho, mas no ano passado foram registrados três casos no período, nenhum no oitavo mês, queda de 66,7%. Em todo o ano de 2020 foram quatro ocorrências. Somando as duas modalidades – homi­cídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou o ano passado com 53 assassinatos, cerca de um a cada sete dias e meio, nove a mais do que os 44 de 2019, alta de 20,4%.

A ocorrência de estupros em oito meses deste ano é 309,5% superior. São 86 casos contra 21 no mesmo período de 2020, ou seja, 65 a mais. A média é de um a cada três dias. Na comparação entre os meses de agosto, houve alta de 850%, de dois para 17.

Sessenta e uma crianças ou adolescentes foram víti­mas deste tipo de crime este ano, 70,9% do total. Os ca­sos de estupro despencaram 24,3% no ano passado, de 74 para 56 casos, 18 a menos em doze meses. Em 44 das de­núncias as vítimas eram vul­neráveis (78,6%).

Os furtos de veículos au­mentaram 38,4% em oito meses deste ano, de 737 em 2020 para 1.020. São 283 a mais, com média diária de quatro. Na comparação entre os meses de agosto, a alta che­ga a 72,7%, de 88 contra 152. São 64 a mais. A queda foi de 32,4% em 2020 – baixou de 1.695 em 2019 para 1.146, ou 549 a menos. A média diária caiu para três casos.

Os roubos de veículos cresceram 18,9%, de 222 para 264. São 42 a mais. A média é pouco superior a um por dia. Na comparação entre os me­ses de agosto, houve aumento de 36,7%, de 30 para 41, onze a mais. No ano passado, os roubos de veículos caíram 36,7%, de 569 ocorrências para 360, ou 209 a menos em doze meses de 2020.

A média baixou para menos de um (0,9) por dia. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes caiu de 330,49 para 216,89. Já os casos por 100 mil veículos recuaram de 416,51 para 273,73. A taxa de furto por 100 mil veículos caiu de 311,83 para 208,30 e o de roubo por 100 mil veículos baixou de 104,68 para 65,43 no ano passado.

O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar disparou 88,7% em oito meses deste ano, quando 434 foram devolvidos aos donos, contra 230 do mesmo período de 2020. São 204 a mais. A mé­dia é de quase dois por dia. Na comparação entre os meses de agosto, houve alta de 100%, de 30 para 60, ou 30 a mais.

Em 2020, recuou 59,4%, de 873 em doze meses de 2019 para 354. São 519 a menos. A média diária recuou para me­nos de um (0,9). Os casos de furtos em geral saltaram de 4.163 nos primeiros oito meses de 2020 para 4.491 este ano, alta de 7.9% e 328 a mais.

A média diária é 18. Na comparação entre os meses de agosto, houve alta de 67,9%, de 427 para 717 – ou 290 a mais. Em 2020, essas ocorrências recuaram 30%. A incidência baixou de 8.823 em 2019 para 6.176, redução de 2.647. A mé­dia diária caiu para 17. A taxa despencou de 1.287,94 para 889,44 por 100 mil habitantes.

As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – saltaram de 1.279 em 243 dias de 2020 para 1.536 no mesmo período de 2021. São 257 a mais e alta de 20,1%, com média diária de seis.

Na comparação entre os meses de agosto, houve au­mento de 45,3%, de 128 para 186 – ou 58 a mais. A retração em 2020 foi de 35,4%. Caiu de 2.977 em doze meses de 2019 para 1.922 no ano passado, com 1.055 a menos. A média diária baixou para cinco. A taxa caiu de 434,57 para 276,80 por 100 mil habitantes. A Po­lícia Militar pede à população que registre boletim de ocorrên­cia. Assim, a corporação pode reforçar o policiamento ostensi­vo e preventivo nas regiões com mais incidência de crimes.

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