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Crianças em férias, sinônimo de aumento de acidentes

JF PIMENTA

Com a chegada das férias escolares e, com isso, uma maior presença das crianças em casa, o cuidado com elas tem que ser maior. De acor­do com o Sistema Inmetro de Monitoramento, os produtos infantis, tais como brinque­dos e mobiliário, lideram o ranking de acidentes de con­sumo, em geral associados a sufocamentos, contusões, cortes e intoxicação.

Além do mais, com o período de final de ano e temperaturas mais elevadas busca-se alertar os pais em relação as crianças nos am­bientes aquáticos. Para o te­nente Bruno Ribeiro, do 9º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Ribeirão Preto, nesta época é necessário um cuidado redobrado.

Por curiosidade, as crianças tentam alcançar as panelas nos fogões. Visualizando de baixo, olham os cabos volta­dos para fora e tentam alcançá-los

“Se tiver piscina em casa, é bom colocar grades e não dei­xar que as crianças pulem de cabeça. No caso de praia ou clubes, sempre manter a crian­ça perto, em uma distância de cerca de um braço”, relatou.

Segundo o professor de medicina do Centro Universi­tário Barão de Mauá e médico socorrista do Serviço de Aten­dimento Móvel de Urgência (Samu) de Ribeirão Preto, Ce­sar Augusto Masella, as crian­ças pequenas também estão, geralmente, envolvidas em ca­sos de queimaduras.

“Por curiosidade, elas ten­tam alcançar as panelas nos fogões. Visualizando de baixo, olham os cabos voltados para fora e tentam alcançá-los, assim, uma dica para evitar, é virar os cabos das panelas para a parte interna do fogão. Outra dica é para as mamães iniciantes, que testem a ma­madeira antes de oferecer ao filho. Esta, às vezes, está muito quente e pode ser motivo de acidente”, comentou.

Tomadas e fios coloridos despertam a atenção dos pequenos

Para o médico socorrista, o melhor meio de prevenção é manter a criança sempre sob supervisão. “Mesmo sen­do orientados e ensinados, esquecem e tem tropismo pelo que é errado, pelo que é inusitado, pelo colorido e pelo proibido”, finaliza.

Apesar das crianças esta­rem propícias a esses tipos de acidentes, o tenente Bruno Ribeiro ressalta que o Corpo de Bombeiros costuma aten­der ocorrências bem variadas em relação a isso. “Nós temos ocorrência desde incêndios por conta de panela no fogão até queda da própria altura, no caso de idosos”, comentou.

De acordo com o Inme­tro, os tipos de lesões mais comuns relatadas em um balanço feito em 2018 foram corte, queimadura e intoxi­cação química. Entre os pro­dutos que mais causaram aci­dentes estão o fogão, a escada doméstica e o fósforo.

Além disso, a parte do corpo mais afetada é a inter­na (relacionada às intoxica­ções), seguida por dedo da mão, mão e pé.

Ainda de acordo com o Inmetro, do total de acidentes relatados, 23% demandaram atendimento médico, corrobo­rando com a informação de que os acidentes de consumo relata­dos são, majoritariamente, me­nos graves, não demandando uma intervenção médica.

Dicas de segurança


Com dados registrados desde 2006 pelo Sistema Inmetro de Monitoramento, o ano que mais contou com relatos de aciden­tes foi em 2014. Desde então, os números estiveram em queda até que, em 2018, voltou a subir.
Por conta disso, o Inmetro e o Corpo de Bombeiros dão algumas dicas de cuidados que devem ser tomados, para se precaver de acidentes mais graves:
– Mantenha sempre a tampa do vaso sanitário abaixada e nunca deixe baldes dentro do banheiro;
– Para evitar queimaduras, teste a temperatura da água na hora do banho;
– Comprar assoalhos apropriados para o banheiro, pois piso molhado, pode causar acidentes graves;
– Mantenha objetos cortantes, medicamentos e produtos de higiene longe do acesso das crianças;
– Use protetores nas tomadas, se tiver criança em casa;
– Proteja quinas das mesas, das estantes e das cadeiras;
– Mantenha a tampa de vidro do fogão abaixada quando não estiver cozinhando;
– Deixe toalhas e tudo o que precisar à mão;
– Nunca deixe a criança sozinha na banheira;
– Banhos de chuveiro precisam ser acompanhados de perto e, de preferência, sempre sobre um tapete emborrachado;
– Verifique a indicação da faixa etária e a existência de selo do Inmetro quando for comprar algum brinquedo;
– Mantenha o berço livre de objetos que possam servir de apoio para o bebê.

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