A data mais importante para o e-commerce brasileiro e mais aguardada para quem gosta de economizar, a Black Friday, deste ano acontece em 29 de novembro, logo após o Dia de Ação de Graças americano. A previsão de crescimento é de 21%, ultrapassando a faixa dos R$ 3,15 bilhões, de acordo com o idealizador do evento, o site www.blackfriday.com.br. Em Ribeirão Preto, o montante pode chegar a R$ 24,8 milhões, acréscimo de R$ 4,3 milhões se a alta nas vendas seguir a tendência de crescimento nacional, de 21%.
No ano passado, segundo o próprio idealizador do evento, as transações na cidade ficaram em torno de R$ 20,5 milhões. O comércio varejista de Ribeirão Preto já se organiza para a data sazonal que entrou para o calendário do varejo e caiu no gosto dos consumidores. O tradicional “dia de ofertas” do comércio americano virou mania no Brasil e provoca otimismo e confiança nos empresários. A expectativa do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) é positiva.
A entidade espera crescimento de 10% a 20% nos negócios em novembro. Segundo Paulo César Lopes, presidente da entidade, muita gente aproveita o período de ofertas e antecipa as compras de fim de ano. “Alguns clientes aguardam a ação o ano inteiro para comprarem um produto desejado e com o melhor preço. Cada lojista desenvolve a sua própria promoção. Alguns já estão com ofertas e anteciparam as vendas, outros, se planejam e prolongam também para os dias seguintes à Black Friday os descontos”, explica.
“Neste ano, a estimativa é de aumento no número de lojas participantes. Com a crise econômica, muitos empresários venderam menos e agora aproveitam a oportunidade para colocar os estoques à venda com preços convidativos. A data é uma boa oportunidade para empresários renovarem seus produtos para o Natal e os clientes fazerem economia. Alguns produtos são encontrados com até 70% de redução. A média prevista é de 25% de desconto”, explica Lopes.
Para Lopes, a intenção de compra também deve crescer. “Com a retomada parcial da economia e, principalmente, com a liberação de recursos extraordinários para o consumo, como os saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), além da primeira parcela do 13º salário, a população deve ir mais às compras, o que reforça as vendas”, finaliza.
A região que deve apresentar maior crescimento é a Nordeste, subindo de 12% para 14% sua participação sobre o total de vendas nacional. A líder em vendas continuará sendo a região Sudeste, com previsão de 61% do valor total do faturamento do evento; o que revela uma população mais amadurecida para compras online.
“Devemos continuar tendo um crescimento expressivo no volume de vendas este ano. Mesmo no ápice da crise econômica, a Black Friday continuou puxando a economia para cima. Por volta de cinco milhões de pessoas compram pela primeira vez na internet a cada ano e a Black Friday é uma grande porta de entrada para elas”, destaca Ricardo Bove, criador do evento.
Em 2010, os grandes descontos aconteciam exclusivamente online — e esse meio continua liderando o crescimento. Segundo pesquisa do idealizador do evento: 58,4% dos consumidores compraram pela internet na edição anterior. Porém, as lojas físicas estão começando a ganhar aderência à data: 26,5% dos consumidores utilizaram além da internet, também o varejo tradicional. E aqueles que preferiram fazer suas compras exclusivamente no ambiente físico representaram 15%.
Entre os produtos mais desejados estão aqueles mais caros, em que o desconto se torna mais significativo, e não são de necessidade imediata — o consumidor pode esperar o evento e se programar. Em 2019 o celular continua em primeiro lugar na intenção de compra: 37% das pessoas vão buscar um aparelho novo. Agora seguido de perto por eletrodomésticos com 36% dos consumidores e TV’s por 29,3%.
Isso está de acordo com o fato de que o tíquete médio de compra durante o Black Friday seja de mais de R$ 600, enquanto o valor médio de compra pela internet do brasileiro em dias comuns é um pouco menor do que R$ 450. Ainda de acordo com a pesquisa, a grande maioria (70,2%) pretende gastar este ano no evento mais de R$ 500, sendo que praticamente a metade de todos aqueles que irão comprar (46,4%) possui a intenção de desembolsar mais de R$ 1 mil.
O percentual médio de desconto deve girar em torno de 24%, um pouco abaixo do que os 29% da pesquisa de 2018. Se as estimativas se confirmarem, haverá um crescimento de adesões, uma vez que em 2018, 16% dos empresários participaram do evento. Segundo pesquisa encomendada pelo Google à Provokers e realizada em julho, o gasto médio dos consumidores será de R$ 1.330,00.
A intenção de compra dos consumidores online durante a Black Friday aumentou 58% em comparação ao ano passado. Conforme o levantamento, que ouviu 1,5 mil pessoas de todas as regiões do País, 69% dos consumidores já sabem o que pretendem comprar e apenas aguardam a data.