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Cresce 35% o número de pinguins na costa do Brasil Vacina contra a covid

FOTO: AGÊNCIA PETROBRAS

Levantamento feito pelo Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Petro­bras revela que o número de pinguins que apareceram na costa brasileira, no ano passa­do, a partir de junho, atingiu a marca de 5.597 animais. O aumento foi de cerca de 35% em relação ao registrado no mesmo período de 2019.

De acordo com o projeto, os pinguins começaram a chegar ao litoral do Brasil por volta de junho, buscando as águas quen­tes do país e deixando para trás o inverno gelado da Patagônia, que abrange partes da Argentina e do Chile, para nadar nas praias de Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.

Os animais são da espécie pinguim-de-magalhães (Sphe­niscus magellanicus), comum nas Ilhas Malvinas, Argentina e Chile, e realizam anualmente movimentos migratórios sazo­nais para o Brasil entre os me­ses de junho e novembro. Santa Catarina é o estado com maior incidência, onde foram regis­trados 2.424 pinguins; seguin­do-se São Paulo (1.756), Rio de Janeiro (830) e Paraná (556).

Resgate
A assessoria de imprensa da Petrobras informou que as equipes do Projeto de Monito­ramento de Praias (PMP) atuam diariamente no litoral brasileiro, com foco no resgate de animais marinhos vivos debilitados e no registro e análise de carcaças de animais mortos. O projeto constitui ferramenta para a ges­tão ambiental das atividades da empresa e contribui de forma importante para a conservação das espécies marinhas.

A gerente geral de Licen­ciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras, Da­niele Lomba, disse que o tra­balho é feito em parceria com diversas instituições científicas e organizações não governa­mentais (ONGs) para garantir a eficiência desse projeto, “que tanto colabora com os órgãos ambientais na conservação e na gestão ambiental”.

Reabilitação
Os animais resgatados pas­sam por tratamento veteriná­rio, antes de serem devolvidos ao habitat natural. No momen­to, 80 pinguins estão em reabi­litação nas unidades associadas ao PMP, sendo 25 no Rio de Janeiro, 18 em São Paulo e 37 na unidade Santa Catarina/ Paraná. Antes de serem devol­vidos ao mar, eles recebem um chip que permite seu acompa­nhamento, caso reapareçam no litoral brasileiro.

A bióloga e coordenadora do Trecho 6 do PMP-Bacia de San­tos (PMP-BS), Camila Domit, esclarece que, muitas vezes, os pinguins são resgatados debili­tados, machucados e exaustos, o que demanda um tratamento mais longo para que reapren­dam a comer e a nadar sozinhos. “Alguns desses animais acabam passando muito tempo no pro­cesso de reabilitação e podem desenvolver doenças nas patas, denominadas pododermatites, por ficarem longos períodos fora da água”, explica.

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