Tribuna Ribeirão
Saúde

Cremesp defende exame obrigatório

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) lançou re­centemente uma campanha com o objetivo de esclare­cer tanto médicos como a população em geral sobre a aplicação de uma avaliação a alunos e recém-formados em medicina. O exame seria nos moldes aos aplicados a advo­gados pela Ordem dos Advo­gados do Brasil (OAB).

A campanha, que já pas­sou por Ribeirão Preto, e per­corre as principais cidades de São Paulo, pretende obter mais de 300 mil assinaturas. Segundo o presidente do Cre­mesp, Lavínio Nilton Cama­rim, um dos objetivos é ace­lerar a aprovação do Projeto de Lei que tramita no Senado Federal que torna obrigatório o exame. “O exame obrigató­rio vai contribuir para a boa formação médica, auxiliando as escolas a melhorarem a qualidade do ensino e, desta forma, otimizar a assistência à população”, explica Camarim.

O Cremesp já aplica, fa­cultativamente, para os re­cém-formados em Medicina, desde 2005, um exame. “In­felizmente, o índice de repro­vação dos egressos sempre foi alto, o que revela a precari­zação do ensino médico em nosso país, sobretudo em al­gumas escolas médicas parti­culares. Porém, em sua última edição, em 2017, o índice de aprovação na avaliação atin­giu 64,6% dos participantes, o que demonstra que o trabalho desenvolvido ao longo desses anos com as instituições de ensino foi muito importante para a melhoria tanto do de­sempenho do aluno quanto da escola”, acrescenta o presi­dente.

Camarim acrescenta que opropósito do Cremesp é for­necer subsídios para o apri­moramento dos cursos ava­liados e à formação médica. Também recebem relatório sobre os resultados do Exame do Cremesp, os ministérios da Educação e da Saúde, o Conselho Federal de Medici­na, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, o Minis­tério Público e os Conselhos Nacionais de Saúde e de Edu­cação. “Após a aplicação do exame do Cremesp, as notas individuais são encaminha­das a cada um dos participan­tes para que possa entender quais áreas teve mais dificul­dades. As escolas médicas recebem um relatório por­menorizado de desempenho de seus alunos por área de conhecimento, preservando­-se a identidade dos mesmos”, finaliza Camarim.

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