Tribuna Ribeirão
Economia

Crédito rural terá R$ 71,6 bilhões

RICARDO STUCKERT/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nes­ta quarta-feira, 28 de junho, o Plano Safra da Agricultura Fa­miliar 2023/2024, com R$ 71,6 bilhões destinados ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pro­naf). O valor é 34% superior ao anunciado na safra passada e o maior da série histórica.

Segundo o governo, soma­das outras ações anunciadas para a agricultura familiar, como compras públicas, assis­tência técnica e extensão rural, Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM­-Bio), Garantia-Safra e Proa­gro Mais, o volume investido chega a R$ 77,7 bilhões.

Taxas de juros menores para quem produzir alimentos que vão à mesa dos brasileiros e da biodiversidade, incentivos à compra de máquinas agríco­las, ampliação do microcrédito produtivo para agricultores fa­miliares do Norte e Nordeste, inclusão produtiva de indíge­nas e quilombolas, mais crédito às mulheres rurais e ao acesso à terra também estão entre os destaques anunciados em ceri­mônia no Palácio do Planalto.

Entre as medidas anuncia­das está a redução da taxa de juros, de 5% ao ano para 4% ao ano, para quem produzir alimentos, como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, entre outros. O objetivo do governo é contribuir com a segurança alimentar do país, ao estimular a produção de alimentos essenciais para as fa­mílias brasileiras.

As alíquotas do Programa de Garantia da Atividade Agro­pecuária, o Proagro Mais, vão cair 50% para a produção de alimentos. Agricultores familia­res que optarem pela produção sustentável de alimentos saudá­veis, com foco em orgânicos, produtos da sociobiodiversida­de, bioeconomia ou agroeco­logia, também terão incentivos maiores, com juros de apenas 3% ao ano no custeio e 4% ao ano no investimento.

Outra novidade são as mu­danças no microcrédito produ­tivo, destinado aos agricultores familiares de baixa renda. O chamado Pronaf B terá o en­quadramento da renda fami­liar anual ampliado de R$ 23 mil para R$ 40 mil e o limite de crédito de R$ 6 mil para R$ 10 mil. O desconto de adimplência para as regiões Norte e Nordes­te saltará de 25% para 40%.

O fomento produtivo ru­ral, que é um recurso não reembolsável destinado aos agricultores em situação de pobreza, também será corrigi­do e passará de R$ 2,4 mil para R$ 4,6 mil por família. Essa ação é executada pelo Minis­tério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Mulheres rurais também ganharam uma linha específica no Plano Safra da Agricultura Familiar. Será criada uma nova faixa na linha Pronaf Mulher, com limite de financiamento de até R$ 25 mil por ano e taxa de juros de 4% ao ano, orientada às agricultoras com renda anual de até R$ 100 mil.

Além disso, caso haja en­quadramento da mulher no Pronaf B, o limite do financia­mento dobra e chega a R$ 12 mil, com desconto de adim­plência de 25% a 40%. As quilombolas e assentadas da reforma agrária terão aumen­to no abatimento do Fomento Mulher (modalidade do crédito instalação) de 80% para 90%.

Na terça-feira (27), o gover­no havia anunciado a liberação de R$ 364,22 bilhões para o Pla­no Safra 2023/2024. O dinheiro será usado no financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. O crédito vai apoiar grandes produtores rurais e produtores enquadra­dos no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Ru­ral (Pronamp).

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