Depois de ser interditada na semana passada, por causa da tempestade – acompanhada por rajadas de vento – que atingiu Ribeirão Preto na noite de quinta-feira (14) e danificou a estrutura do telhado da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Neide Aparecida Golfetto de Castro, no bairro Vila Mariana, Zona Norte da cidade, retomará o atendimento normal aos seus 270 alunos nesta quinta-feira, 21 de novembro.
Os estudantes foram transferidos temporariamente para o Centro Educacional Municipal de Ensino Integral (Cemei) João Gilberto Sampaio, no mesmo bairro, a 1,5 quilômetro de distância, onde participaram das aulas desde segunda-feira (18). A transferência ocorreu depois que a própria Secretaria Municipal da Educação interditou a unidade escolar por causa do risco desabamento do teto.
Segundo a pasta, o telhado do imóvel já apresentava danos estruturais, mas a forte chuva da semana passada agravou o problema, por isso a opção de interditar a escola preventivamente. Entretanto, os serviços de reparo foram concluídos pela Secretaria Municipal da Educação uma semana antes do prazo estimado.
Com investimento aproximado de R$ 60 mil, foram realizados reparos na parte elétrica e a troca dos 500 metros quadrados do madeiramento do telhado. Neste semestre, a Emei já havia passado por reformas preventivas que garantiram a substituição de quadros elétricos, consertos de fiação exposta e de vazamentos hidráulicos.
A unidade ainda será contemplada por obras de manutenção que incluem alvenaria, troca de pisos e azulejos, além de pintura, construção de rampas, adequação de corrimão, instalação de piso tátil e outras reformas para garantir acessibilidade aos alunos. A administração municipal informou que está investindo cerca de R$ 11 milhões na reforma de 108 escolas municipais.
A Secretaria da Educação já passou alguns perrengues por causa da precária infraestrutura de algumas unidades escolares. A Escola de Ensino Fundamental (Emef) Professor Domingos Angerami, que atendia no Ribeirão verde, terá novo prédio, no Jardim Pedra Branca, também na Zona Leste.
A nova unidade escolar será na avenida Julieta Engrácia Garcia. A construção foi necessária por causa da interdição pela Justiça de Ribeirão Preto, em setembro do ano passado, da antiga escola. Na época, o juiz Paulo Cesar Gentile, da Vara da Infância e da Juventude, com base em pedido feito pelo promotor da Educação, Naul Felca, apontou a existência de gravíssima situação de risco de incêndio no local já que, ela apresentava graves problemas estruturais, entre eles, na rede de energia elétrica.
A situação era tão grave que o imóvel sequer pode ser reformado. Em 17 de julho do ano passado, os 400 alunos foram transferidos para uma antiga unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) localizada na Vila Tamandaré, região do bairro Campos Elíseos. O local fica 5,7 quilômetros de distância da antiga escola. A transferência já completou mais de um ano.
No dia 10 de abril deste ano, o juiz Reginaldo Siqueira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, também atendendo a pedido feito pelo promotor Naul Felca, determinou a interdição do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Antônio Palocci, no Jardim José Sampaio, na Zona Oeste da cidade.
A interdição foi determinada por causa de 15 problemas estruturais, principalmente na rede elétrica, apontados pelo Ministério Público Estadual (MPE) em ação civil. As aulas para os cerca de 780 alunos só foram retomadas 40 depois da interdição, quando a prefeitura terminou as obras de manutenção na unidade.