Ribeirão Preto fechou o ano passado com 39.560 casos de coronavírus e já soma 39.617 contando com os 57 registros de 2021 (média de 19 por dia). Desde quinta-feira, 31 de dezembro, quando a cidade somava 39.192 pessoas infectadas, são 425 contágios em 96 horas – cerca de um a cada doze minutos –, alta de 1,1%. O município deve ultrapassar 40 mil infecções por Sars-CoV-2 nesta semana.
Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Boletim Epidemiológico, que engloba os dados do fim de semana prolongado – entre os dias 1º e 3. O recorde de infecções em 24 horas é de 15 de julho, de 657 registros.
Após um período de queda, a tendência voltou a ser de alta na comparação semanal. Entre 21 e 27 de dezembro, quando passou de 37.931 para 38.537, mais 606 pacientes foram diagnosticados com covid-19, média móvel de 86 a cada 24 horas. Entre 28 de dezembro e 3 de janeiro, subiu de 38.881 para 39.617. São 736 novos casos, média diária de 105, aumento de 21,4% e 130 a mais.
As estatísticas são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos finais de semana. Neste período, os laboratórios e órgãos públicos fecham. Já às terças-feiras há tendência de números maiores em função do acúmulo de registros que são enviados ao sistema do Ministério da Saúde.
Segundo informações da regional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Ribeirão Preto, a taxa de transmissão (Rt) era de 1,34 em meados de dezembro. Significa que cada grupo de 100 pessoas pode transmitir o vírus para outros 134 cidadãos.
A média móvel voltou a ficar acima de 100. A taxa de casos em 14 dias caiu de 239,53 em 21 de dezembro para 221,68 por 100 mil habitantes até dia 30. Era de 173,92 no final de novembro. As notificações desde o início da pandemia chegaram a 94.171, sendo que 52.694 pessoas testaram negativo para covid-19, ou 56% do total.
Os 39.617 casos confirmados até agora representam 42%. A cidade também aguarda o resultado de 1.860 exames que estão represados nos laboratórios (2%) – segue acima de mil. O número mais alto da pandemia é de 31 de julho, de 6.877 testes represados.
Foram confirmados 3.109 casos de coronavírus em novembro, 103 por dia, além de 3.412 em outubro. São 4.194 em dezembro, cerca de 135 a cada 24 horas. Houve um aumento de 34,9% no mês passado em relação ao anterior, com 1.085 contágios a mais.
Os meses com menos casos são março (96, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril (208). Julho (9.220), junho (6.712) e agosto (6.485) tiveram mais contágios. Ribeirão Preto também tem 958 mortes.
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social em Ribeirão Preto subiu de 43% na quinta-feira (31) para 50% na sexta-feira (1º), recuou para 48% no sábado (2) e ficou em 49% no domingo (3). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%, e o aceitável de 50%.
Ocupação de leitos de UTI fica em 70,7%
A ocupação de leitos de terapia intensiva estava em 70,7% às 22 horas desta segunda-feira, 4 de janeiro, em Ribeirão Preto. Segundo a plataforma leitoscovid.org, havia pessoas internadas em 70 das 99 vagas disponibilizadas pelos 13 hospitais da cidade – cinco públicos e oito privados. Na enfermaria, a taxa era de 47,5% no mesmo horário, com 76 das 160 vagas ocupadas.
O número de leitos é variável, muda a cada dia de acordo com a necessidade.
Nas unidades Campus e de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (HCFMR/USP), a ocupação de leitos de terapia intensiva era de 73,3% no mesmo horário desta segunda-feira.
Segundo a plataforma, as duas unidades do HC reduziram o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de 89 para 40, depois para 20 e agora pára 15, sendo que onze estavam ocupados ontem. Na enfermaria caiu de 52 para 33 leitos e abrigava quatro pacientes com quadro menos grave da covid-19, ou 12,1% de ocupação. A taxa de internações nos últimos 14 dias saltou de 19,67 no dia 21 para 22,48 por 100 mil habitantes até dia 30. Era de 14,89 no final de novembro.