Ribeirão Preto registrou mais 24 mortes por covid-19, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde divulgado nesta terça-feira, 30 de março. A cidade ultrapassou a marca de 1.500 óbitos. O número de vítimas fatais em decorrência da doença subiu para 1.519, alta de 1,6% em relação aos 1.495 falecimentos computados até segunda-feira (29).
O recorde de mortes anunciadas em um único boletim pertence à última segunda-feira, dia 29, quando foram divulgadas mais 28 vítimas fatais.
No total, são 1.043 mortes do ano passado e 476 de 2021. O recorde de falecimentos em 24 horas era de 25 de fevereiro, de 14 óbitos, mas 23 e 25 de março já somam 15. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho do ano passado, de 13.
As ocorrências fatais do novo boletim ocorreram entre 19 de março e a última segunda-feira. As vítimas são 16 homens e oito mulheres entre 17 e 97 anos. A adolescente tinha Síndrome de Down. Doze eram menores de 60 anos. Quinze pacientes estavam internados em hospitais públicos, oito em instituições particulares e um faleceu em casa. A secretaria investiga se três senhores de 57, 66 e 81 anos sofriam de problemas saúde. As outras 21 pessoas tinham doenças graves.
A tendência ainda é de queda na comparação semanal. Entre 16 e 22 de março, ocorreram 70 falecimentos na cidade, cerca de um a cada duas horas e 25 minutos. Nos sete dias subsequentes, entre 23 e 29 de março, foram confirmados mais 64 óbitos, um a cada duas horas e 40 minutos, retração de 8,6% e seis casos a menos.
Se comparação considerar o período de 14 dias, a tendência ainda é de alta. Entre 2 e 15 de março foram 124 mortes, uma a cada duas horas e 40 minutos. Entre 16 e 29 de março a cidade registrou 134 óbitos, cerca de um a cada duas horas e 30 minutos, dez a mais e aumento de 8% em relação ao período anterior, 258 no total de 28 dias.
A Secretaria Municipal da Saúde constatou que mais jovens estão morrendo de covid-19 este ano. Em compensação, os óbitos de pessoas idosas recuaram após o início da vacinação. Segundo a pasta, houve alta de 84,61% entre as pessoas de 30 a 39 anos.
Também subiu 14,28% na faixa etária de 40 a 49 anos e de 66% entre 50 e 59 anos. Ficou estável para quem tem de 60 a 69 anos. Caiu 10,5% para quem tem 70 e 79 anos, recuou 17,11% para 80 e 89 anos e 22% para quem 90 anos ou mais.
Janeiro já soma 169 falecimentos. São 181 casos fatais em fevereiro. Há 126 ocorrências oficiais em março, mas 265 pessoas já faleceram este mês, nove a cada 24 horas, o mês com mais óbitos da pandemia – ultrapassou julho (244) nesta terça-feira.
Os meses com menos falecimentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade continua em 2,5% – chegou a 5% em abril e a 5,3% em maio. Está no mesmo patamar dos índices regional (2,3%), estadual (3%), nacional (2,5%) e do mundial (2,2%).
Neste ano, até agora, a taxa de letalidade média, que era de 1,7% em fevereiro, subiu de 2,3% para 2,4%. A taxa de incidência de óbitos em 14 dias disparou e estava em 18,12 por 100 mil habitantes na última sexta-feira (26), contra 11,52 no dia 16. Era de 6,04 do dia 2 e 5,62 do dia 1º.
Por sexo, as vítimas da covid-19 são 830 homens (54,6%) e 689 mulheres (45,4%). A mais jovem em toda a pandemia é a menina de seis anos que morreu em 14 de fevereiro e a mais idosa, uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 do mesmo mês.
O município de Ribeirão Preto superou a marca de 61,9 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 nesta semana – são 61.918. O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.