Alunos de seis escolas municipais de Ribeirão Preto voltaram para o ensino remoto nesta sexta-feira, 11 de fevereiro, por causa da suspeita de casos de covid-19 em professores e estudantes. Foram fechadas salas de aulas nas escolas Professor Alfeu Gasparini, Jose Delibo, Jaime Monteiro de Barros, Maria Ignez Lopes Rossi, Maria Inês Machado e Eduardo Romualdo de Souza.
A Secretaria da Educação não divulgou o total de salas e de alunos afastados nas unidades. Também disse não ter o total de alunos e servidores do setor que foram diagnosticados com a doença desde o começo do ano letivo presencial, em 3 de fevereiro.
A pasta informou apenas o número de salas de aula fechadas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Eduardo Romualdo de Souza, localizada na Vila Virgínia, Zona Oeste de Ribeirão Preto. Considerando a média de 30 alunos por sala de aula, pelo menos 180 estudantes do 6º ao 9º ano da unidade retornaram para o ensino remoto.
Segundo a pasta da Educação, o fechamento das salas segue determinação da Secretaria Municipal da Saúde em atenção ao protocolo de segurança sanitária contra a doença. O protocolo determina o afastamento das pessoas com suspeita da doença e também de quem teve contato com o grupo pelo período de 14 dias.
“Quando a escola é comunicada que existe um caso suspeito, seja de professor ou de aluno, imediatamente a Vigilância Epidemiológica é acionada, e a Secretaria da Educação segue a determinação da Divisão, seguindo os protocolos vigentes”, afirma, em nota, a Secretaria Municipal da Educação.
O ano letivo começou no dia 3 de fevereiro para 47.909 alunos matriculados nas 135 escolas da rede pública de Ribeirão Preto. As aulas deveriam ser 100% presenciais, depois de um ano de ensino remoto ou híbrido – virtual e presencialmente parcial – por causa da pandemia de coronavírus, mas agora parte dos alunos voltou para a internet.
A Secretaria Municipal de Educação optou por não exigir comprovante de vacinação contra a covid-19 – o popular “passaporte da vacina” – dos estudantes, apesar da recomendação feita pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/RP). No ano passado, as aulas presenciais na rede municipal de ensino foram suspensas por decisão do juiz João Baptista Cilli Filho, da 4ª Vara do Trabalho, em ação movida pela entidade sindical.
O magistrado determinou, em 20 de agosto, que o retorno só aconteceria após a conclusão do ciclo vacinal de todos os cinco mil servidores da rede municipal de ensino e com laudos que comprovassem a segurança sanitária nas escolas. Um acordo judicial foi fechado com o sindicato.
Das 135 escolas de Ribeirão Preto, 112 são da rede municipal e 23 conveniadas, com 22.848 estudantes na educação infantil, 23.296 no ensino fundamental, 958 na educação especial e 807 alunos do projeto Educação de Jovens e Adutos (EJA), totalizando 47.909 matriculados este ano.
A rede pública do município de Ribeirão Preto conta com 31 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), 37 Centros de Educação Infantil (CEIs), 44 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) e 23 conveniadas. A Secretaria Municipal da Educação emprega 3.088 professores.
As unidades seguem todos os protocolos sanitários para evitar a propagação da covid-19 e, agora, das síndromes gripais. A Secretaria Municipal da Educação faz a aferição da temperatura dos alunos na entrada das escolas. Depois, os estudantes são conduzidos diretamente para as salas de aula, além de terem sido orientados a manter o uso de máscara facial e de álcool gel para higienização das mãos.
A Secretaria Municipal da Educação trabalha desde 2020 para que o retorno dos estudantes acontecesse da forma mais segura possível. Todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) foram adquiridos e as adequações sanitárias sugeridas pela equipe de médicos infectologistas foram executadas nas escolas.
As unidades foram equipadas com termômetros infravermelhos, demarcações no solo nos refeitórios, pátios, banheiros e salas de aula. Neste ano, além da variante Ômicron do Sars-CoV-2, o vírus H3N2 da influenza também preocupa as autoridades. Os casos de covid dispararam em Ribeirão Preto neste começo de 2022, assim como as ocorrências de síndrome gripal.