Tribuna Ribeirão
Saúde

Covid-19 no Brasil – Mortes somam 359 e infectados, 9.056

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

O número de casos confir­mados de infecção pelo novo coronavírus no Brasil subiu de 7.910 para 9.056 entre quinta (2) e esta sexta-feira, 3 de abril, conforme a atualização do Mi­nistério da Saúde. O número de óbitos por covid-19 saltou de 299 para 359, um aumento de 20%. O índice de letalidade, que era de 3,5% no início da semana, foi para 3,8% anteon­tem e chegou a 4% no balanço anunciado ontem.

As mortes ocorreram em São Paulo (219), Rio de Ja­neiro (47), Ceará (22), Per­nambuco (10), Amazonas (7), Minas Gerais (6), Distrito Fe­deral (5), Bahia (5), Rio Gran­de do Sul (5), Santa Catarina (5), Paraná (4), Piauí (4), Espí­rito Santo (4), Rio Grande do Norte (4), Sergipe (2), Alagoas (2), Goiás (2), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Mato Grosso (1), Pará (1), Paraíba (1) e Rondônia (1).

Os novos casos totalizaram 1.146. O resultado significou um aumento de 15% em relação ao total registrado antes. Foi o maior número de novos casos em um dia desde o início da sé­rie. Já as novas mortes em um dia também bateram recorde, com 60. Nos quatro dias desta semana, os números de novas mortes foram de 23, 42, 40 e 58. No tocante ao perfil, 57,7% eram homens e 42,3%, mulheres. No recorte por idade, 85% das víti­mas tinham acima de 60 anos.

Já com relação às doenças de pessoas que faleceram, 164 tinham alguma cardiopatia, 114 tinham diabetes, 45 passavam por alguma condição respira­tória e outros 30 apresentavam alguma patologia neurológica. As hospitalizações por covid-19 totalizam 1.769.

O Ministério da Saúde evitou fazer estimativas sobre quantos casos de contamina­ções prevê atualmente em todo o País, dado o ritmo atual de casos registrados diariamente de contaminações e mortes. O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, disse, porém, que não acredita que o Brasil chegue a registrar 100 mil óbitos pelo novo coronavírus.

“Nós não acreditamos que chegue nesse número (de 100 mil mortos) E vamos trabalhar muito para que esse número não aconteça”, comentou Ga­bbardo. Ele respondia a um questionamento da imprensa, que se baseou em uma proje­ção do próprio Ministério da Saúde, de que cerca de 50% da população brasileira pode ser contaminada pelo vírus nos próximos meses, ou seja, cerca de 107 milhões de brasileiros.

Por esse raciocínio, se for tomado como base um grau de letalidade de 0,01% da covid, mais de 100 mil pes­soas morreriam da doença. Gabbardo afirmou que, pelo mesmo raciocínio, a China, com quase 1,5 bilhão de ha­bitantes, teria 750 mil óbitos, quando o país informou ter pouco mais de 3 mil óbitos. O ministro Luiz Henrique Man­detta, no entanto, ponderou que o número da China pode, simplesmente, não refletir a verdade. “A não ser que o nú­mero da China não retrate a realidade”, comentou.

No mundo, a doença já passou da marca de um mi­lhão de infectados, com mais de 50 mil mortos. Uma das principais preocupações das autoridades é em relação aos sistemas de saúde, que pas­sam a ficar sobrecarregados. No Brasil, embora o pico da pandemia ainda não tenha sido alcançado, os sistemas de saúde público e privado já enfrentam sobrecarga por causa do aumento do núme­ro de internações e registram até 38% de seus leitos ocupa­dos por pacientes com infec­ção suspeita ou confirmada da doença.

Para diminuir a velocidade da disseminação da epidemia no país, o Ministério da Saúde orienta que a população siga medidas de isolamento social, o que também é recomenda­do por especialistas e autori­dades internacionais de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na contra­mão da pasta, o presidente Jair Bolsonaro defende flexibilizar medidas como fechamento de escolas e do comércio para mitigar os efeitos na economia do país, permitindo que jovens voltem ao trabalho.

Após dias contrariando publicamente as orientações do ministro da Saúde, Bol­sonaro expôs na quinta-feira seu incômodo com Mandet­ta. O presidente disse que falta “humildade” ao minis­tro e, embora tenha dito que não pretende dispensá-lo “no meio da guerra”, ressaltou que ninguém é “indemissível” em seu governo. Já o ministro disse que “um médico jamais abandona o paciente”.

Errata
O Ministério da Saúde vol­tou a considerar nesta sexta-fei­ra (3) que o primeiro caso da co­vid-19 no Brasil ocorreu no fim de fevereiro, em vez de no dia 23 de janeiro. A mudança se deu por uma alteração no registro de um óbito em Minas Gerais, apontado como a chegada da doença no País. Em nota, a pasta disse que a data de começo de sintomas da paciente, na verda­de, foi em 25 de março. Com a mudança, o primeiro caso volta a ser o de um homem em São Paulo, anunciado em 26 de feve­reiro pelo governo federal.

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