O arcebispo metropolitano, dom Moacir Silva, baixou um decreto determinando que padres, diáconos e ministros da eucaristia alertem os devotos da Igreja Católica sobre mudanças na rotina em todas as missas realizadas nas paróquias da área da Arquidiocese de Ribeirão Preto por causa da ameaça do novo coronavírus (Covid-19). A orientação é para que os fiéis evitem o contato físico com o objetivo de evitar a proliferação da doença.
Estão proibidos o “abraço da paz” – aperto de mão com abraço e o “beijo da paz”, na face –, dar as mãos durante a oração do “Pai Nosso” e também a sagrada comunhão via oral. A partir de agora, não é mais permitido ao padre colocar a hóstia consagrada que representa o corpo de Jesus Cristo na boca dos fiéis, somente na espécie de pão e na mão do devoto.
A Arquidiocese de Ribeirão Preto abrange Altinópolis, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.
A nota diz que “a Arquidiocese de Ribeirão Preto, preocupada com a proliferação do coronavírus, que já fez tantas vítimas, não só na China, mas também em outros países, inclusive com um caso já confirmado no Brasil, além de suspeitas em nossa região, e considerando a Campanha da Fraternidade, que nos convoca para termos cuidado com a vida, dom e compromisso; e considerando também que todos têm a responsabilidade de evitar situações e circunstâncias que facilitem a transmissão do vírus, determino as restrições”.
Esta é a segunda vez que dom Moacir Silva determina as restrições durante as missas. Em julho de 2018, a Arquidiocese de Ribeirão Preto adotou as mesmas medidas por causa dos vírus da influenza – a “gripe A ou suína”. Naquele ano, a metrópole registrou 23 óbitos e 104 pessoas foram infectadas por alguma das cepas – a maioria por H1N1 e H3N2. No ano passado foram 13 mortes por gripe e 62 casos confirmados. Em cinco anos, de 2015 a 2019, a cidade acumula 55 mortes por influenza, além de 304 casos confirmados.
Papa Francisco
Por conta de uma “leve indisposição”, o papa Francisco decidiu cancelar a missa que tinha programado para esta quinta-feira (27) com clérigos de Roma, segundo fontes oficiais do Vaticano. A decisão do pontífice vem um dia após encontro com fiéis numa basílica em Roma, onde prestou solidariedade aos pacientes que contraíram o novo coronavírus, que já se espalhou por mais de 30 países. No evento, o papa apertou a mão e beijou o rosto de algumas das mais de 400 pessoas que o assistiam.
Segundo o jornal inglês Daily Mail, o pontífice tossiu e assoou o nariz durante todo o encontro, demonstrando estar com sintomas similares aos da gripe. Ainda de acordo com o jornal, o Vaticano não deu detalhes sobre a natureza da doença do papa. Até agora, a Itália, onde está localizada a sede da Igreja Católica Romana, confirmou que 528 pessoas contraíram o coronavírus, com 14 mortes registradas.