O Ministério da Saúde deve receber, ao longo desta semana, estudos de estabilidade estendida para testes de detecção de covid-19. A proposta é avaliar a possibilidade de extensão da validade de exames adquiridos pela pasta e que ainda estão em estoque.
De acordo com o ministério, a empresa Seegene, fornecedora dos testes, já está em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o envio dos estudos, assim que disponibilizados pelo fabricante. O material será analisado pela agência, que concede o registro de utilização do produto.
“Uma vez concedido esse parecer técnico, o Ministério da Saúde elaborará uma nota informativa quanto à extensão da validade e segurança da utilização dos testes.”
Dados da pasta apontam que o país já testou mais de 10.491.142 pessoas, sendo 5.043.469 de exames do tipo RT-qPCR realizados de um total de 9.317.356 milhões distribuídos para laboratórios públicos dos estados. A extensão da validade seria uma saída para evitar o desperdício de testes estocados.
“A pasta ressalta que nenhum teste de RT-qPCR perdeu sua validade e os mesmos estão prontos para serem utilizados conforme demanda dos estados e municípios, em consonância com a gestão do SUS, que é tripartite.
Detalhamento
O Congresso Nacional convidou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a fornecer maiores detalhes sobre testes para diagnóstico de covid-19 armazenados. O convite foi aprovado nesta terça-feira (24) por deputados e senadores integrantes da comissão que acompanha as medidas de enfrentamento à pandemia.
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, cerca de 6,8 milhões de testes do tipo RT-qPCR adquiridos pelo governo federal perderão a validade até janeiro de 2021.
A expectativa do presidente da comissão, senador Confúcio Moura (MDB-RO), é que a reunião com Pazuello ocorra até o dia 7 de dezembro.
“Com a curva de mortes subindo e o aumento de ocupação de UTIs [unidades de terapia intensiva], não podemos perder a chance de continuar testando a população contra o vírus”, destacou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
*Com informações da Agência Senado.
Edição: Paula Laboissière