O Brasil é um país que tem um histórico de ser deficiente em muitos aspectos cruciais para a vida nacional e, essas deficiências lamentavelmente são responsáveis por consequências catastróficas. Isso ocorre, entre outros aspectos, na questão de saneamento básico que é responsável pelo aparecimento de doenças já conhecidas que levam à morte em alguns casos de crianças e idosos.
A questão da moradia é outro ponto que envergonha o país: pessoas vivendo em cortiços, favelas, moradores de rua, gente em túneis, debaixo de viadutos e pontes. Em resumo: questões dessa natureza já foram resolvidas por outros países há quase um século ou mais, enquanto no Brasil continua como sempre foi. Nada mudou. Agora se há um setor da vida nacional principalmente no frágil e desorganizado SUS (Sistema Único de Saúde) em que as coisas tradicionalmente funcionaram bem são as vacinações.
Podemos dizer que temos uma tradição em eficiência para vacinar pessoas de qualquer idade e qualquer tipo de vacina. Existem equipes capacitadas para realizar vacinações praticamente em todos os municípios do Brasil onde existe um sistema de saúde organizado. Essas equipes sempre funcionaram muito bem vacinando populações inteiras inclusive as que vivem em locais de difícil acesso como comunidades indígenas, quilombolas, habitante de regiões ribeirinhas, bem como idosos, acamados, pessoas que vivem em asilos e casas de repouso.
Nossos vacinadores enfrentam numerosas dificuldades, mas sempre realizam o seu trabalho. São uns heróis. Em geral têm atingidos seus objetivos não só em seu público-alvo como também em seus percentuais a serem atingidos. Essa mesma eficiência já foi observada no caso específico das vacinas contra a covid-19 as duas vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já estão sendo aplicadas pelas equipes com grande sucesso.
Os problemas paralelos que estão ocorrendo estão relacionados com a corrupção, esse mal crônico que acomete o Brasil desde sempre. Infelizmente, o problema central da vacinação contra a covid-19 no Brasil está localizado na falta da vacina, a deficiente logística de transporte, distribuição e infelizmente a corrupção entre outros. Um fato novo que pode vir a ajudar muito a agilizar essa problemática é a entrada da iniciativa privada que parece estar dando os primeiros passos na direção certa para ajudar na solução do problema.
Todos sabemos que a iniciativa privada funciona com muito mais agilidade e rapidez do que o governo. Dando prosseguimento à nossa estratégia pedagógica, que nos parece mais eficiente para a perfeita compreensão do problema continuamos formatando em perguntas e respostas.
1. Como está a situação do Brasil em relação às vacinas contra a covid-19?
Não vai bem. Todos nós, governo e população, sabemos desde o ano passado que as vacinas estavam em adiantado estado de pesquisa, algumas já estando sendo testadas, mas o governo nada fez para fechar as compras das vacinas já prontas ou da matéria prima para o seu preparo pelos nossos institutos de pesquisa em vacinas como o Butantan em São Paulo e a Fiocruz no Rio de Janeiro.
E o que é pior: travou-se uma guerra política entre o governo federal e o governador do estado de São Paulo, trazendo enorme prejuízo para a população. Ao final já com grande atraso foram adquiridas vacinas já prontas bem como os imunizantes tanto da vacina de Oxford produzidas pela Universidade de mesmo nome em associação com as multinacionais farmacêutica AstraZeneca bem como a vacina coronavac produzida por um laboratório chinês.
2. E com relação ao mundo, como está a questão das vacinas?
Está indo devagar também, mas em alguns países como Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Índia, China, Emirados Árabes e União Europeia está mais acelerada, mas ainda em ritmo insuficiente e capaz de impactar positivamente no número de infectados e de mortes.
Já no Japão a vacinação está ainda em fase inicial, mas em fase de implantação de urgência para vacinar 100% de suas populações conforme política divulgada pelo governo japonês. Já a vacinação na Rússia está indo com muita rapidez, mas o mesmo não acontece nos demais países da Europa Oriental em que a vacinação está ocorrendo em ritmo muito lento. (Continua na próxima semana)