A quantidade de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Ribeirão Preto não teve alteração significativa nesta quinta-feira, 14 de maio, depois de registrar média diária de 26 casos – um a cada 60 minutos – entre segunda (11) e quarta-feira (13). Apenas um caso foi confirmado nas últimas 24 horas, passando de 431 para 432, alta ínfima de 0,23%.
Nesta semana foram confirmados 81 novos casos de covid-19 na cidade – 19 na segunda-feira, 39 na terça (12), mais 22 na quarta e um ontem. O número total de pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 (432) em Ribeirão Preto representa 21,4% das 2.019 notificações contabilizadas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Também já foram descartadas 1.312 suspeitas (64,98%)
A secretaria ainda aguarda o resultado de 275 exames que estão represados nos laboratórios (13,62% do total). A cidade tem onze mortes em decorrência da doença e a taxa de letalidade está em 2,6%. Os dados foram divulgados no Boletim Epidemiológico, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde.
A incidência de mortes da covid-19 em Ribeirão Preto é de 1,56 óbito por 100 mil habitantes, com taxa de letalidade de 2,5%, bem abaixo dos índices regional (4,6%), estadual (7,9%), nacional (6,9%) e mundial (6,8%). O crescimento do número de casos confirmados nos últimos dias, segundo o secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, é justificado pelo aumento na capacidade de testagem do município.
Até os pacientes com sintomas leves de síndrome gripal estão sendo testados nos postos do município – até agora, 1.504 foram examinados e 344 testaram positivo para covid-19 (ou 22,87%), com 936 descartados (62,23%). Outros 224 aguardam resultado (14,9%).
Entre as onze vítimas fatais, são seis homens (54,5%), de 36 anos, 57, 73, 76, 79 e 87 anos, e cinco mulheres (45,5%), de 51 anos, 70, 76, 88 e 89 anos de idade. Dez tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica (91%). Apenas o homem de 76 anos não tinha doença autoimune (9%). Duas pessoas tinham menos de 60 anos (18,2%) e nove eram sexagenárias (81,8%).
Ribeirão Preto já tem 98 casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (Srag), segundo o Boletim Epidemiológico, mas 88 são de Sars-Cov-2 (coronavírus) – 27 de março, 40 de abril e 20 de maio. Os outros dez são de influenza: cinco de Flu B, três não identificados (“Srag A não subtipado”), um de H3N2 e um de H1N1.
Quatro destes casos resultaram em mortes, um pelo vírus H3N2, outro pelo Flu B e dois não identificados (“não subtipado”). Em 2020, a Secretaria da Saúde recebeu 533 notificações de Srag. No ano passado inteiro foram 273, contra 346 de 2018. Ribeirão Preto fechou 2019 com 13 mortes por Srag. Foram sete óbitos por H1N1, quatro por H3N2 e dois não subtipados. Em pouco mais de cinco anos, Ribeirão Preto acumula 70 óbitos por Srag – outra morte atribuída à dengue aguarda o resultado do exame.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, nesta quinta-feira a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) seguia dentro dos padrões. Dos 87 disponíveis, 36,8% estavam ocupados – 32 pacientes. Em quase um mês, desde 16 de abril, a média é de 31 pessoas internadas, taxa de 31,8% para 98 leitos (o número é variável). Na enfermaria, dos 160 leitos, 28,8% abrigavam 46 pacientes em tratamento sábado, com média diária de 33, taxa de 19,1% e 176 disponíveis.
O inquérito de avaliação da prevalência de marcadores virológicos e sorológicos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na população de Ribeirão Preto. O estudo constatou que 1,21% dos mais de 700 entrevistados estão com a covid-19. Com base nessa pesquisa, o Hospital das Clínicas e a Secretaria Municipal da Saúde estimam que 8.305 ribeirão-pretanos estejam com a doença.