O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP) afastou 16 profissionais que foram infectados pelos novo coronavírus, causador da covid-19. Todos estão em isolamento domiciliar. Segundo o diretor do Departamento de Atenção à Saúde do HC, Antonio Pazin Filho, os servidores apresentam quadro de saúde estável e estão em recuperação.
No grupo há médicos e médicos residentes. Na segunda-feira (30), o HC foi credenciado para realizar testes que vão identificar se uma pessoa está com covid-19. A partir de agora, não será mais necessário aguardar a contraprova por parte do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. O superintendente Benedito Carlos Maciel diz que já enviou ao governo estadual qual a necessidade de insumos para ampliação do número de testes.
Atualmente, o HC obtém os exames com recursos próprios, o que permite realizar de 30 a 40 testes diários. A expectativa é ampliar para 100 e até 200 exames diários a partir da chegada de insumos da Secretaria Estadual de Saúde. O tempo para que os resultados dos exames fiquem prontos varia de dez a doze horas, no máximo em 24 horas, dependendo da demanda.
Segundo Pazin Filho, até esta terça-feira (31), o HC não mantinha nenhum paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para coronavírus, já que passaram pelo teste e o resultado foi negativo. Com isso, os pacientes voltaram para a UTI geral ou para os quartos de internação. Sete pacientes aguardam o resultado de exames para serem liberados.
Por conta do aumento na demanda, o hospital iniciou uma vaquinha online para buscar recursos e comprar equipamentos como máscaras, luvas, álcool gel, avental e óculos de proteção – https://www.vakinha.com.br/ vaquinha/todos-pelo-hcrp-na-luta-contra-o-covid-19-ricardo-de-carvalho-cavalli.
Testes
Por meio da simplificação de procedimentos implementada após a disseminação da pandemia do novo coronavírus, a Receita Federal liberou, em tempo recorde, 500 mil kits de testes de detecção rápida para a covid-19. Em 68 minutos, a alfândega do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, desembaraçou o primeiro lote de testes importados da China.
Transportada pela companhia aérea Emirates, a carga pesava seis toneladas e chegou ao Brasil no fim da tarde de segunda-feira (30). A liberação acelerada envolveu uma articulação entre a Receita Federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde, a concessionária GruAirport (que opera o Aeroporto de Cumbica) e a companhia aérea.
O desembaraço corresponde à liberação da entrada de mercadorias no país após a comprovação da regularidade da carga. Este foi o primeiro de cinco lotes de kits que serão importados da China, por meio do aeroporto de Guarulhos, ao longo dos próximos 30 dias, totalizando 5 milhões de testes. No último sábado (28), o Ministério da Saúde anunciou que pretende ampliar para 10 milhões a aquisição de testes rápidos.