Tribuna Ribeirão
Polícia

Corpo de Isabella é exumado em RP

Bebê Isabela

A exumação do corpo de Isa­bella da Costa Dominicano, de um ano, autorizada pela Justiça de Ribeirão Preto, foi realizada na manhã desta sexta-feira, 23 de fevereiro, no Cemitério Bom Pastor. A família suspeita de erro médico e a delegada responsável pelo inquérito, Silvia Ruivo Va­lério Mendonça, do 2º Distrito de Polícia, nos Campos Elíseos, acredita que o laudo do Institu­to de Criminalística (IC) deve apontar a causa exata da morte.

Devido ao estado avançado de decomposição, os peritos do IC e o médico legista optaram por realizar a autópsia no pró­prio local. A coleta de material levou cerca de uma hora. O ates­tado de óbito feito pelo Hospital Maternidade Infantil Sinhá Jun­queira, onde Isabella foi atendida por três vezes, aponta choque séptico, mas a Polícia Civil quer saber por que a necropsia não foi realizada, logo após o óbito, ape­sar de os pais da menina terem autorizado o procedimento.

Na próxima semana, a de­legada vai convocar os médicos envolvidos no atendimento de Isa­bella e funcionários do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para depoimento. Silvia Ruivo diz que não há prazo para divulgação do laudo da autópsia. O caso segue sob investigação. Isabella Domi­ciano foi internada com quadro de febre leve e morreu no turno noturno do último dia 6 – foi se­pultada em 7 de fevereiro.

O material coletado no co­ração e vísceras pelo médico le­gista Valdir Aparecido Ferrer e um auxiliar perito foi recolhido em 30 minutos. Um tio da bebê, representando a família no pro­cedimento e o advogado Michel Robson Andrade, presenciaram a exumação. O Instituto Mé­dico Legal (IML) recolheu as amostras próximo ao túmulo. O corpo de Isabella Dominicano foi sepultado novamente após o término do procedimento. O delegado da Polícia Civil, César Augusto França, também pre­senciou a exumação.

O advogado da família, Michel Robson Andrade, co­mentou que não tem prazo es­tipulado para que o laudo seja concluído. Ele afirmou que “os peritos não adiantaram a data, até porque o corpo da Isabella já estava um pouco degradado. Agora, depende de exame quí­mico, e com a exumação, a famí­lia quer saber o porquê do óbito”, diz. “O exame foi feito, o perito achou melhor fazer no cemitério mesmo. Foi aberto o túmulo, foi feita a exumação do corpo, já foi feita a perícia, autópsia no local e coletado material. Não temos ainda prazo para o laudo, não foi divulgado pelos peritos”, conclui.

Em nota, o Hospital e Mater­nidade Sinhá Junqueira informou que seguiu o protocolo padrão, encaminhando o corpo de Isabella ao SVO, mas a realização da ne­cropsia foi recusada pelo próprio serviço, “em razão de a causa da morte estar fundamentada na do­cumentação médica enviada pelo hospital”. O SVO, por sua vez, informou que uma nova norma do Conselho Regional de Me­dicina orienta que, caso o cor­po seja enviado com a causa da morte esclarecida e assinada por médico, não existe a necessidade de necropsia, como ocorreu com Isabella Domiciano.

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