A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais três mortes por covid-19 entre sábado (16) e esta segunda-feira, 18 de maio. A cidade já soma 15 óbitos em decorrência do novo coronavírus e 521 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2. A taxa de letalidade, apesar de baixa, atingiu o patamar mais alto até agora no município, de 2,9%. Ainda assim, é inferior aos índices regional (4,6%), estadual (7,6), nacional (6,6%) e mundial (6,8%).
Segundo o Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde, na quinta-feira (14) um homem de 68 anos, portador de diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica, morreu em casa. Na sexta-feira (15), uma mulher de 58 anos com diabetes mellitus também faleceu em sua residência. No sábado, dia 16, um jovem de 41 anos com obesidade grau 3 e hipertensão arterial foi a óbito na Santa Casa. Em oito dias, Ribeirão Preto registrou sete falecimentos.
Por sexo, são oito homens (53,3%), de 36 anos, 41, 57, 68, 73, 76, 79 e 87 anos, e sete mulheres (46,7%), de 51 anos, 58, 70, 76, 80, 88 e 89 anos de idade. Catorze tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica (93,3%). Apenas o homem de 76 anos não tinha doença autoimune (6,7%). Quatro pessoas tinham menos de 60 anos (26,7%) e dez eram sexagenárias (73,3%).
Até sexta-feira, quando a cidade havia registrado doze mortes, a incidência de óbitos por covid-19 estava em 1,7 por 100 mil habitantes. O inquérito de avaliação da prevalência de marcadores virológicos e sorológicos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na população de Ribeirão Preto, realizado entre 1º e 3 e maio, constatou que 1,21% dos mais de 700 entrevistados está com a covid-19. Com base nessa pesquisa, o Hospital das Clínicas e a Secretaria Municipal da Saúde estimam que 8.305 ribeirão-pretanos estejam com a doença.
O mesmo estudo constatou que o novo coronavírus mata um em cada mil pacientes infectados em Ribeirão Preto. O relatório final da pesquisa, divulgado no sábado (16), concluiu que a letalidade da doença é de 0,10%, número inferior ao de capitais como São Paulo, Fortaleza (CE) e Manaus (AM).
As 15 equipes envolvidas entrevistaram e testaram 709 casas divididas em cinco distritos sanitários da cidade para detectar a presença de anticorpos contra o coronavírus. Além de os voluntários responderem a um questionário socioeconômico e sobre sintomas da doença, foram colhidas amostras de nasofaringe e de sangue para detectar a presença de anticorpos contra o coronavírus, o que seria um indicativo de infecção recente.
O cálculo de letalidade levou em consideração os oito óbitos até então confirmados na cidade – até sábado esse número estava em doze – e a estimativa total de pacientes com infecção pregressa, ou seja, daqueles que já tiveram a doença, de 7.550.
As mortes por covid-19 em RP
– 26 de março: homem, 36 anos, imunodeficiente e com doença renal crônica Estava internado em hospital público
– 3 de abril: homem, 76 anos, sem comorbidades Estava internado em hospital privado
– 4 de abril: mulher, 89 anos, tinha doença neurológica crônica Estava internada em hospital público
– 5 de abril: homem, 57 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internado em hospital público
– 13 de abril: homem, 87 anos, tinha doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica Estava internado em hospital público
– 23 de abril: homem, 73 anos, tinha diabetes mellitus e doença pulmonar crônica Estava internado em hospital público
– 25 de abril: homem, 79 anos, tinha doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica Estava internado em hospital privado
– 26 de abril: mulher, 70 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital privado
– 9 de maio: mulher, 88 anos, tinha diabetes e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital privado
– 10 de maio: mulher, 51 anos, tinha diabetes, doença cardiovascular crônica e doença pulmonar crônica Estava internada em hospital privado
– 12 de maio: mulher, 76 anos, tinha diabetes e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital público
– 14 de maio: mulher, de 80 anos, tinha doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital público
– 14 de maio: homem, 68 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava em casa – 15 de maio: mulher, 58 anos, tinha diabetes mellitus Estava em casa
– 16 de maio: homem, de 41 anos, com obesidade grau 3 e hipertensão arterial Estava internado na Santa Casa