A Secretaria Municipal da Saúde confirmou mais nove mortes por covid-19 em Ribeirão Preto, segundo as três últimas edições do Boletim Epidemiológico. A cidade já soma 480 vítimas fatais do novo coronavírus. Um dos óbitos ocorreu no dia 6 e outro em 10 de agosto, e os outros sete foram registrados em um período de 72 horas, entre quarta (12) e sexta-feira (14).
No entanto, no último domingo (16), depois de 79 dias, a Secretaria Municipal da Saúde divulgou um boletim sem ocorrência de morte por covid-19. Ribeirão Preto vinha anunciando óbitos diariamente desde 29 de maio – foram mais de dois meses. O último boletim sem vítimas fatais havia sido o de 28 de maio.
Os números apontam para uma tendência de queda.
Entre 3 e 9 de agosto, ocorreram 49 mortes na cidade, média de sete falecimentos por dia. Nos sete dias subsequentes, entre 10 e 16 de agosto, foram confirmados mais 26 óbitos com a atualização de ontem, média diária de quase a quatro (3,7) – cerca de um a cada seis horas. A queda é de 46,9%, com 23 falecimentos a menos.
O dia com mais mortes confirmadas foi 4 de agosto, quando a pasta anunciou 18 falecimentos. O recorde de óbitos em 24 horas, que antes pertencia a 7 de julho, com doze vítimas fatais, foi superado por 24 de julho, com 13. Em 3 de agosto e em 18 de julho foram registrados onze casos fatais em cada. O município já tem mais de 18,7 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 18.779
O balanço da pasta traz 190 falecimentos em julho. Porém, ocorreram 224 mortes por covid-19 no mês passado – mais de sete por dia, cerca de uma a cada três horas e 25 minutos –, apesar de o Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabilizar a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.
São 21 a mais do que as 203 de junho, aumento de 10,34% segundo dados da secretaria, e novos casos ainda podem ser contabilizados. No sexto mês do ano, a média de óbitos ficou em quase sete por dia (6,7), 137 a mais do que os 66 de maio, alta de 207,6%. Também há onze de abril, dois de março e oito de agosto, mas 86 pessoas já morreram neste mês – cinco por dia, um a cada quatro horas e 45 segundos, aproximadamente.
A taxa de letalidade está em 2,55%. Continua no mesmo patamar do índice regional (2,74%) e abaixo do estadual (3,8%), do nacional (3,2%) e do mundial (3,5%). Seis das novas vítimas são do sexo masculino e três, do feminino. Oito pacientes estavam internados em hospitais públicos e um, em instituição particular.
Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, ligado à secretaria, um homem de 40 anos morreu em 6 de agosto, em decorrência de complicações causadas pelo coronavírus. Era portador de doença cardiovascular crônica e obesidade. No dia 10, um rapaz de 38 anos, com doença cardiovascular crônica, doença renal crônica e imunodeficiência, também foi a óbito.
Na última quarta-feira, dia 12, o Sars-CoV-2 provocou a morte de um homem de 48 anos, portador de doença cardiovascular crônica, doença hepática crônica, imunodeficiência e obesidade. Na quinta-feira (13), um idoso de 84 anos também faleceu. Ele tinha doença pulmonar crônica, imunodeficiência e hipotireoidismo.
Na sexta-feira, 14 de agosto, mais cinco pessoas morreram em decorrência de complicações provocadas pela covid-19. Morreram um homem de 55 anos, portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial, e um senhor de 76 anos que fazia tratamento contra doença cardiovascular crônica.
As outras três vítimas do coronavírus e que morreram na sexta-feira são do sexo feminino. São uma mulher de 62 anos, portadora de doença cardiovascular crônica, obesidade e neoplasia, uma senhora de 76 anos – a Secretaria Municipal da Saúde investiga se ela tinha alguma comorbidade – e uma idosa de 77 que tinha doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.
Por sexo, são 281 homens (58,5%) e 199 mulheres (41,5%). A vítima mais jovem é uma mulher de 23 anos que morreu em 28 de junho e a mais idosa, a senhora de 101 anos que faleceu no 20 do mesmo mês. Quatrocentos e trinta e sete tinham alguma comorbidade (91%).
Um senhor de 76 anos, um homem de 41, outros dois de 42, uma mulher de 55, um senhor e uma senhora de 65, um munícipe de 75, um idoso de 79 e uma idosa de 90 anos não tinham doenças preexistentes (2,1%) e 33 casos estão sob investigação (6,9%). Oitenta e duas pessoas tinham menos de 60 anos (17,1%) e 398 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias, nonagenárias ou centenárias (82,9 %).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre 20 a 29 anos (três, 1%), de 30 e 39 anos (doze, 3%), de 40 a 49 anos (23, 5%), entre 50 e 59 anos (45, ou 9%), entre 60 e 69 anos (93, ou 19%), de 70 a 79 anos (140, ou 29%), de 80 a 89 anos (126, ou 26%) e de 90 anos ou mais (38, ou 8%).