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Coronavírus causou 25 mortes na China

REUTERS

A Comissão Nacional de Saúde da China confirmou nesta quinta-feira, 23 de ja­neiro, que o número de pes­soas infectadas pelo corona­vírus subiu para 830 e que o total de mortes em decorrên­cia da doença aumentou para 25. A atualização do órgão chinês também confirmou a primeira morte fora da pro­víncia de Hubei.

A comissão de saúde de Hubei, uma província no norte da fronteira com Pe­quim, disse que um homem de 80 anos morreu, após mostrar sintomas, ao retor­nar de uma estadia de dois meses em Wuhan, capital de Hubei, epicentro do surto de coronavírus detectado pela primeira vez no mês passado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que o número de mortes ligadas a um novo tipo de coronavírus pode aumentar nos próximos dias, já que muitas pessoas diagnosticadas com o proble­ma ainda estão no hospital. Em coletiva de imprensa, represen­tantes da entidade afirmaram que “o surto está evoluindo” e é preciso acompanhar de perto e “cuidadosamente” a situação.

Questionados sobre a ori­gem do coronavírus, eles afir­maram que a investigação está em andamento, “mas ainda não há conclusões”. A OMS também decidiu não declarar os casos confirmados em nove países até o momento como emergência de saúde públi­ca, alegando que ainda é cedo para classificá-los dessa forma. Representantes da entidade, contudo, fizeram a ressalva de que a decisão pode ser revisada a qualquer momento.

Os representantes da OMS ainda destacaram que podem voltar a se reunir “a qualquer momento”, podendo ser até mesmo em um dia ou em uma semana, caso seja necessário reavaliar a situação. Os nove países com casos registrados são a China, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Vietnã, Cingapura e Arábia Saudita. Outras duas regiões – Hong Kong e Macau – também confirmaram pa­cientes com o vírus.

O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, afirmou que não há, até o momento, nenhum risco de o coronavírus disseminar como uma epidemia. Segun­do ele, o Brasil está prepara­do para possíveis suspeitas de casos e órgãos do governo se preparam para caso haja uma mudança no cenário.

Apesar de cincos Estados terem notificado sobre casos suspeitos da doença, o governo federal descartou as ocorrên­cias. Segundo o secretário, ne­nhum paciente se enquadrou nos critérios estabelecidos pela OMS. Para considerar suspei­to, o paciente tem que ter apre­sentado sintomas gripais, ter viajado para a cidade chinesa de Wuhan ou ter tido contato com pessoas infectadas pelo vírus. Foi baseado nesses critérios que o governo federal descartou o caso de suspeita em Minas Ge­rais, de uma mulher de 35 anos que esteve em Xangai.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai divulgar informes sonoros nos aeroportos brasileiros para orientar os passageiros sobre o novo coronavírus. Os avi­sos vão pedir às pessoas que fizeram viagem à cidade de Wuhan, na China, que procu­rem a unidade de saúde mais próxima, se tiver febre, tosse ou dificuldade para respirar dentro de um período de até 14 dias após a viagem. Confor­me a Anvisa, os informes estão sendo preparados e serão vei­culados o mais rápido possível.

Além disso, foram inten­sificados os procedimentos de limpeza e desinfecção de ter­minais. A agência informou que acompanha as orientações da OMS e da Organização Pan­-Americana da Saúde (Opas). Até o momento, segundo a Anvisa, não há recomendação de restrições de viagens.

Os avisos sonoros que os passageiros vão ouvir nos aero­portos são: “Se você tiver febre, tosse ou dificuldade para res­pirar, dentro de um período de até 14 dias, após viagem para a cidade de Wuhan, na China, você deve procurar a unidade de saúde mais próxima e infor­mar a respeito de sua viagem. Para proteger sua saúde, siga medidas simples, que podem evitar a transmissão de doen­ças”, diz o informe.

Ainda pede que a pessoas lavem as mãos frequentemen­te com água e sabão. Se não tiver água e sabão, use ál­cool gel. Cubra o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar. Des­carte o lenço no lixo e lave as mãos. Evite aglomerações e ambientes fechados, procu­rando manter os ambientes ventilados. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou gar­rafas. Procure o serviço de saú­de mais próximo.

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