Caiu de onze para seis o número de casos suspeitos de infecção pelo coronavírus (Covid-19) no Brasil, segundo informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 13 de fevereiro. Ainda não houve nenhum caso confirmado no País e não há a circulação do vírus em nenhum dos países da América do Sul. Já houve o registro de 40 casos suspeitos que foram analisados e descartados.
Dentre os seis casos suspeitos, três estão em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e um no Paraná. Todos eles são de pessoas que viajaram para a China. Os casos estão sendo analisados pelo laboratório do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Os pacientes sob suspeita estão em isolamento domiciliar e os familiares estão orientados para prevenção de eventual transmissão do vírus.
Dos 40 casos descartados para infecção pelo coronavírus, todos foram diagnosticados como infecção por outros vírus, como o influenza. A queda de casos suspeitos no Brasil ocorre logo após a província chinesa de Hubei, epicentro da epidemia de coronavírus, registrar um salto no número de novos casos e de mortes.
Segundo balanço das autoridades chinesas divulgado na noite de quarta-feira (12), o coronavírus causou mais 254 mortes e teve 15.152 novos casos registrados no país. O número diário de casos deu um salto em relação à média dos dias anteriores, em função de uma nova metodologia adotada na província de Hubei, que é a mais afetada e onde a epidemia teve origem.
A metodologia agora também considera casos “clinicamente diagnosticados”. Considerando-se os últimos dados, o total de óbitos na China desde o inicio do surto aumentou para 1.367, com 59.882 casos confirmados. O crescimento acentuado ocorre depois de autoridades locais terem anunciado uma mudança na forma de diagnóstico dos casos de Covid-19, nova nomenclatura da doença.
Em um comunicado, a comissão de saúde de Hubei disse que a partir de agora passaria a incluir casos diagnosticados clinicamente. Isso significa que imagens do pulmão em pacientes suspeitos passam a ser consideradas suficientes para confirmar o vírus, no lugar dos exames de DNA. No restante do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 447 pacientes foram diagnosticadas com coronavírus em 24 países, com duas mortes – uma nas Filipinas e outra no Japão.
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão afirmou que outros 44 casos de infecção pelo coronavírus foram confirmados a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess, entre eles um tripulante. Vinte nove infectados são japoneses. O aumento no total de passageiros e tripulantes infectados pelo vírus chega a 218. Atualmente, a embarcação encontra-se sob quarentena, atracada no porto de Yokohama, nas proximidades de Tóquio.
O governo do Japão decidiu permitir que algumas pessoas a bordo do cruzeiro Diamond Princess, afetado pelo surto de coronavírus, desembarquem na sexta-feira (14). Entre essas pessoas estão idosos que possuem problemas crônicos de saúde. Cerca de 3.500 pessoas estão confinadas na embarcação. O Ministério da Saúde tem pedido que passageiros permaneçam em suas cabines até a próxima quarta-feira (19), período que marca o fim de uma quarentena de duas semanas imposta após a confirmação do primeiro caso.
Como há preocupação de que a saúde de alguns passageiros esteja se deteriorando, o ministério decidiu na quinta-feira (13) permitir que o desembarque de alguns deles. Funcionários da pasta informam que pessoas de 80 anos ou mais com problemas crônicos de saúde, e aquelas em cabines sem janelas, terão prioridade.