O Brasil superou mais uma vez o número de mortes por covid-19 registradas em um dia, com 1.188 óbitos em 24 horas – quase 50 a cada 60 minutos (49,5). Com este acréscimo, o total de vítimas fatais do novo coronavírus chegou a 20.047. O resultado representa um aumento de 6,2% em relação a quarta-feira (20), quando foram contabilizados 18.859 mil falecimentos em decorrência de infecção por Sars-CoV-2.
O país passou da casa dos 300 mil casos confirmados do novo coronavírus, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (21). Foram registrados 18.508 novas pessoas infectadas por covid-19, totalizando 310.087. O resultado marca um acréscimo de 6,3% em relação a anteontem, quando o número de pessoas infectadas estava em 291.579. A taxa de letalidade é de 6,5%.
Do total de casos confirmados, 164.080 (53%) estão em acompanhamento e 125.960 (40,6%) foram recuperados. Há ainda 3.534 óbitos em investigação. Na lista de países com mais mortes acumuladas, o Brasil ocupa a sexta posição. Só fica atrás de Estados Unidos (93.863), Reino Unido (36.124), Itália (32.486), França (28.218) e Espanha (27.940).
Nas duas últimas semanas, em números absolutos, o Brasil saltou da sétima para a terceira posição entre as nações com mais casos de covid-19. Com isso, se mantém como um dos países em situação mais crítica do mundo em número de infecções, atrás de Rússia, que contabiliza 317.554 casos, e Estados Unidos, com 1.555.537.
O Brasil tornou-se nos últimos dias o país com maior crescimento de casos de covid-19 por milhão de habitantes (pmh). De acordo com o cruzamento de dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, desde quarta-feira o país passou a liderar o ranking que considera a confirmação de casos em um período de 24 horas e os dilui por milhão de habitantes.
Este cálculo permite uma comparação de como a covid-19 está afetando países de populações distintas. O Brasil se descolou de outras nações bastante afetadas pela covid-19 e que continuam tendo mais casos pmh considerando a somatória desde o começo da pandemia; enquanto Espanha, Itália, França, Canadá e Alemanha têm conseguido controlar as novas infecções, os casos diários no País batem recordes quase que diariamente.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (5.558), seguido por Rio de Janeiro (3.412), Ceará (2.161), Pernambuco (1.925) e Pará (1.852). Além disso, foram registradas mortes no Amazonas (1.620), Maranhão (663), Bahia (376), Espírito Santo (363), Alagoas (262), Paraíba (245), Minas Gerais (191), Rio Grande do Norte (178), Rio Grande do Sul (166), Amapá (151), Paraná (141), Rondônia (101), Santa Catarina (98), Piauí (91), Goiás (85), Acre (78), Distrito Federal (84), Sergipe (76), Roraima (72), Tocantins (47), Mato Grosso (34) e Mato Grosso do Sul (17).
Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (73.739), Rio de Janeiro (32.089), Ceará (31.413), Amazonas (25.367) e Pernambuco (23.911). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (19.756), Maranhão (16.058), Bahia (11.941), Espírito Santo (8.878) e Paraíba (6.238).
No mundo
A pandemia do novo coronavírus já infectou mais de cinco milhões de pessoas no mundo todo. A marca foi ultrapassada na madrugada desta quinta-feira (21). Dados compilados pela Universidade Johns Hopkins mostram que, mais precisamente, 5.034 458 de pessoas contraíram o vírus e 329.300 morreram por causa da doença. A taxa de letalidade é de 6,5%.
Profissionais de saúde
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (21) projeto que prevê o pagamento de compensação financeira de R$ 50 mil aos profissionais de saúde por morte ou incapacidade permanentemente para o trabalho após serem contaminados pela covid-19. A indenização será paga pela União. O texto retorna ao Senado por ter sido modificado pelos deputados.
O texto estabelece que, no caso de morte, o valor será dividido igualmente entre os dependentes e o cônjuge ou companheiro. Além desse valor, serão pagos R$ 10 mil a cada ano que faltar para o dependente menor de 21 anos atingir essa idade. Para dependentes com deficiência, a indenização será de R$ 50 mil, independentemente da idade. Os valores somados de todas as indenizações devidas deverão ser pagos em três parcelas mensais, iguais e sucessivas. A concessão da indenização está sujeita a perícia médica.