Por Hugo Luque
O Corinthians segurou o empate em 0 a 0 com o Palmeiras na noite desta quinta-feira, na Neo Química Arena, e conquistou o Campeonato Paulista de 2025. Após vencer a ida por 1 a 0, no Allianz Parque, com gol de Yuri Alberto, o Timão só precisava segurar o arquirrival, e foi o que aconteceu.
O título, 31º estadual na história do clube – é o maior vencedor do torneio –, encerra a seca de troféus que vinha desde o Paulista de 2019 e também interrompe a sequência palmeirense. A equipe de Abel Ferreira, campeã em 2022, 2023 e 2024, buscava o tetracampeonato consecutivo, algo que não acontecia desde o Paulistano, entre 1916 e 1919.
A partida foi marcada por chegadas duras, confusão, rojões soltados pela torcida mandante no gramado e provavelmente o grande lance da final: o pênalti cobrado por Raphael Veiga e defendido por Hugo Souza, agora um ídolo alvinegro. Além disso, os corintianos aguentaram a pressão rival com um jogador a menos durante 30 minutos.
O jogo
A torcida da casa fez uma grande festa antes de a bola rolar e empurrou o Corinthians para cima do rival. Desde os minutos iniciais, disputas intensas e discussões tomaram o gramado. Ansioso, o Palmeiras investiu em lançamentos na direção de Vitor Roque, o que não funcionou.
Abel Ferreira escolheu escalar Aníbal Moreno para iniciar na vaga de Richard Ríos, que atuou pela Colômbia na Data Fifa. O argentino, assim como Emiliano Martínez, pouco foi ao ataque e deixou Raphael Veiga, personagem central do Dérbi, isolado.
Foi do Timão a melhor chance dos primeiros 45 minutos. Garro, recuperado de dores no joelho, acertou a trave da entrada da área. A resposta do Verdão novamente veio pelo ar, mas sem efetividade.
Na volta do intervalo, o Palmeiras decidiu ir mais ao ataque com seus laterais. A equipe visitante até passou mais do meio-campo, mas ficou exposta defensivamente. O tempo passava e as chances não apareciam.
Isso até que, aos 23 minutos, Vitor Roque recebeu um bom passe, saiu em direção à área e foi derrubado com falta por trás de Félix Torres. O árbitro assinalou o pênalti, apesar das reclamações alvinegras de que a infração teria ocorrido fora da área.
No intervalo de tempo entre o pênalti e a cobrança, Abel Ferreira foi expulso. Raphael Veiga assumiu a responsabilidade, pegou a bola e foi para a batida, mas parou em Hugo Souza, que saltou no canto direito para salvar o Corinthians. A defesa incendiou a torcida na Neo Química Arena.
Aos 35, Félix Torres levou o segundo amarelo e foi expulso. Na reta final, o jogo esquentou. O Timão se protegia, enquanto o Verdão buscava, desesperado, levar a decisão aos pênaltis. Memphis Depay, então, subiu na bola para provocar os rivais e gerou uma confusão.
José Martínez e Marcelo Lomba, que trocaram socos, foram expulsos. A torcida incendiou o gramado – de certa forma, literalmente, com rojões arremessados no terreno de jogo. Yuri Alberto, então, teve a oportunidade de dar números finais, cara a cara com Weverton, mas parou no goleiro. Foi o último lance de perigo, já que, mesmo em vantagem numérica, o Palmeiras não conseguiu mais jogar.