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Coreia do Norte confirma lançamento de míssil

NORTH KOREAS CENTRAL NEW AGENCY/KCNA

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou nes­ta quarta-feira, 20 de outu­bro, reunião de emergência para discutir o lançamento de mísseis balísticos, a partir de submarinos, pela Coreia do Norte. A notícia de lan­çamento do último míssil foi divulgada na terça-feira (19) pela Coreia do Sul e confir­mada hoje por Pyongyang.

A Coreia do Norte confir­mou que testou, com sucesso, um novo míssil balístico a partir de um submarino na terça-feira. O meio de comunicação estatal KCNA informou que o míssil foi disparado de um submarino, o mesmo utilizado no primeiro teste estratégico de mísseis balís­ticos, em 2016. O míssil partiu da localidade de Sinpo, no leste da Coreia do Norte, e voou cerca de 450 quilômetros (km), atin­gindo uma altura de 60 km.

Pyongyang tem desenvol­vido vários testes com mísseis nas últimas semanas, lançando armas hipersônicas e de lon­go alcance. A imprensa estatal afirmou que a arma testada nesta terça-feira estava equi­pada com “muitas tecnologias avançadas de controle e orien­tação”, o que pode dificultar o seu monitoramento.

Os mísseis balísticos são considerados mais perigosos e ameaçadores do que os de cruzeiro, uma vez que podem transportar maior peso, têm mais alcance e são mais rápi­dos. Por essa razão, os testes com mísseis balísticos e com armas nucleares são proibidos pelas Nações Unidas.

O lançamento do novo míssil levou à convocação de uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU. A sessão, à porta fecha­da, foi solicitada pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos (EUA). Enquanto isso, chefes de inteligência sul-coreanos, japoneses e norte-americanos estão reunidos em Seul para discutir o tema.

O enviado dos EUA à Co­reia do Norte, Sung Kim, ape­lou novamente para o reinício das conversações bilaterais. Ainda nesta semana, Sung Kim reiterou a posição do go­verno do presidente dos EUA, Joe Biden, de que está aberto a encontros com Pyongyang sem pré-condições.

As negociações anteriores entre os EUA e a Coreia do Nor­te foram suspensas devido a di­vergências fundamentais sobre desnuclearização, que não per­mitiram chegar a um acordo. Os EUA querem que a Coreia do Norte abra mão das suas armas nucleares antes de avançar para um alívio das restrições, mas Pyongyang recusou até agora.

Em comunicado anteon­tem, o comando norte-ame­ricano do Indo-Pacífico disse estar ciente do último lança­mento de um míssil balístico por parte da Coreia do Norte e que trabalharia em estreita colaboração com os aliados re­gionais para monitorar a situa­ção. “Os Estados Unidos con­denam essas ações e apelam à Coreia do Norte para se abster de novos atos desestabilizado­res”, diz o comunicado.

“O compromisso dos EUA com a defesa da Coreia do Sul e do Japão continua de pé”, acrescenta a nota. Do lado de Pyongyang, por sua vez, o diri­gente norte-coreano responsa­bilizou, na semana passada, os EUA pela tensão na península coreana e afirmou que Wa­shington é a “causa profunda” da instabilidade na região.

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