Tribuna Ribeirão
Cultura

Cordel é tema de espetáculo e oficina

“De Machado a Gonzagão – Uma viagem em cordel” é o tema do espetáculo do cor­delista Edmilson Santini, que será apresentado em Ribeirão Preto neste sábado, 18 de ja­neiro, com entrada gratuita. Será um passeio cênico-poé­tico por alguns dos temas que compõem o repertório do te­atro em cordel, como os feitos de Santos Dumont, a obra de Machado de Assis e um desa­fio poético entre Luiz Gonza­ga, o Rei do Baião, e Patativa do Assaré, o repentista autor de clássicos da literatura po­pular nordestina.

No espetáculo – com ver­são em libras –, o cordelista, que é pernambucano e nas­ceu em uma família que já cultivava as rimas, vai contar e cantar histórias ao som de instrumentos típicos, como o pandeiro. O espetáculo do projeto Viva o Cordel, con­templado pela Lei de Incenti­vo à Cultura, com patrocínio do Atacadão, terá apresenta­ção gratuita de histórias no formato de teatro em cordel, com interpretação na lingua­gem brasileira de sinais, além de oficina de produção de cordel, também com inscri­ções gratuitas.

Os participantes encerra­rão a oficina com uma expo­sição no local. “As obras e os feitos desses grandes nomes da cultura e da história brasilei­ras, como Machado de Assis, Santos Dumont, Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré, contados na rica literatura de cordel, são uma excelente oportunidade de lazer e conhecimento para o público de todas as idades”, comenta Eliana Manzan, proponente do projeto.

A apresentação acontece às 19 horas deste sábado (18), no Teatro Santarosa, na praça Rotary Club nº 325, na City Ribeirão, na Zona Sul da ci­dade. A oficina de produção de cordel será nos dias 18 e 19 (domingo), das 8h30 às 11h30, no Levina Gerolineto – Espaço Cultural, na rua 21 de Abril nº 375, Vila Tibério, na região Oeste, para pessoas a partir de 12 anos e sem li­mite máximo de idade.

O cordel é uma linguagem literária caracterizada por con­tar histórias em poesia e com rimas. O nome faz referência à maneira como os livros eram expostos para a venda – pen­durados em cordas ou bar­bantes. No Brasil, a literatura de cordel é muito popular no Nordeste, mas ela surgiu no século XVI na Europa quan­do a tecnologia da impressão gráfica permitiu reproduzir no papel as histórias orais popu­larizadas pelos trovadores. Os portugueses trouxeram a lite­ratura de cordel para o Brasil no início da colonização.

Edmilson Santini
Nasceu no interior de Per­nambuco, em Belas Águas. O avô era um contador de his­tórias famoso e inspirou o neto com as rimas e versos. Mas Edmilson começou sua carreira de ator no interior paulista, em São José dos Campos. Nos anos 1980 abra­çou a carreira de cordelista já vivendo no Rio de Janeiro, também um celeiro para o universo do cordel. Hoje, Ed­milson é conhecido pelo proje­to educativo Teatro em Cordel, que objetiva difundir essa cul­tura. Além das apresentações, o grupo do Teatro em Cordel promove oficinas de contação, encenação e recriação de his­tórias em cordel.

Projeto Viva o Cordel
O projeto Viva o Cordel promove apresentações no formato de teatro em cordel, com interpretação na língua brasileira de sinais, contando e cantando histórias ao som de instrumentos típicos, com objetivo de situar a plateia nas origens da literatura em cordel, dando ação à palavra rimada, aliada à dinâmica do ritmo, mantendo vivo o inte­resse no espetáculo do pri­meiro ao último verso.

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