Tribuna Ribeirão
Economia

Copom mantém a Selic em 6,5%

Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira, 31 de outubro, a taxa Selic em 6,5% ao ano, na primeira reunião do órgão depois das eleições presi­denciais. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a decisão desta quar­ta-feira, a Selic continua no me­nor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser re­ajustada gradualmente até al­cançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.

Em maio, o BC interrom­peu a sequência de quedas e manteve a taxa em 6,5% ao ano, numa decisão que surpreendeu o mercado financeiro. Na oca­sião, o BC alegou que a instabi­lidade internacional, que se ma­nifestou na valorização do dólar nos últimos meses, influenciou a decisão. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a in­flação oficial, medida pelo Índi­ce Nacional de Preços ao Con­sumidor Amplo (IPCA).

Segundo o Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatís­tica (IBGE), o IPCA acumula 4,53% nos 12 meses termina­dos em setembro, um pouco acima do centro da meta de inflação, que é de 4,5%. O ín­dice foi o maior para meses de setembro desde 2015, influen­ciado pela alta do dólar, que impactou o preço dos combus­tíveis, e por algumas tarifas, como de água, luz e esgoto.
Até 2016, o Conselho Mo­netário Nacional (CMN) es­tabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerân­cia de 2 pontos, podendo che­gar a 6,5%. Para 2017 e 2018, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto per­centual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano nem ficar abaixo de 3%.

Inflação
No Relatório de Inflação divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autori­dade monetária estima que o IPCA encerrará 2018 em 4,4%. De acordo com o boletim Fo­cus, pesquisa semanal com instituições financeiras divul­gada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,43%. A redução da taxa Selic esti­mula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica.

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