A Copa do Mundo Fifa de 2018 será na Rússia, a partir de 14 de junho. Há menos de 30 dias de seu início, o campeonato já movimenta a economia do planeta, inclusive a de Ribeirão Preto – que está a 11.654 quilômetros de distância de Moscou, capital do país que sediará os jogos. A cidade se prepara para a festa. O comércio está confiante na data para alavancar as vendas.
Segundo Paulo César Garcia Lopes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), as lojas do Centro e dos principais corredores comerciais – avenida da Saudade (Campos Elíseos), avenida Dom Pedro I (Ipiranga), Boulevard – se preparam para a disputa.
“A Copa acontece a cada quadro anos e entra no calendário de datas sazonais do comércio. Antes da comemoração, os empresários e seus colaboradores fazem planejamentos para atrair clientes. Organizam as compras e controlam o mix de produtos, estratégias de vendas, promoções, elaboração de vitrines, formas de pagamento, entre outras ações. É o momento de transformar a oportunidade em um grande negócio”, explica.
Vestuário e armarinhos se destacam. “Os torcedores querem estar uniformizados e aumenta a busca por camisetas, bermudas e bonés com as cores da seleção brasileira. Bandeiras, copos, toalhas e artigos de decoração também fazem sucesso. As crianças entram no clima e as fábricas produzem brinquedos especiais que remetem à Copa”, comenta Lopes.
“Ribeirão Preto recebe visitantes de toda a região para compras. A cidade está numa área que foi colônia de diversos povos. Os descendentes também buscam produtos que remetem ao país de sua origem. Nas lojas é possível encontrar de tudo um pouco”, observa.
Para Lopes, os brasileiros adoram diversão. “Por ser conhecido como o país do futebol, o campeonato é muito celebrado no Brasil. A maioria das pessoas assiste aos jogos com a família e os amigos. O verde e o amarelo fazem parte do ritual de vibrações positivas da torcida”, finaliza.
Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que três em cada dez (33%) micro e pequenos empresários dos ramos do comércio e serviços estimam que as vendas vão aumentar no período dos jogos.
Outros 19% enxergam uma queda no volume de vendas, enquanto 47% acham que o torneio não terá impacto no resultado dos segmentos. Entre os que projetam crescimento nas vendas da própria empresa (20%), a estimativa é de que o volume médio seja 27% superior ao mês anterior do Mundial.
Na percepção da maioria dos empresários entrevistados, esse otimismo refere-se ao aumento do faturamento, principalmente, em setores que lucram com o consumo sazonal de produtos nesta época e estão diretamente ligados ao evento, como souvenirs (80%), comércio informal (72%), bares e restaurantes (68%), supermercados (66%), comércio eletrônico (57%) e transporte (51%).
Outro dado curioso mostra que para 29% dos entrevistados o aumento das vendas do próprio negócio com a Copa do Mundo depende do desempenho da seleção brasileira nos gramados, sobretudo se o time chegar até a final (21%) – esse percentual é ainda maior (25%) entre os comerciantes.
A pesquisa ouviu 800 empresários dos setores de comércio varejista e serviços, de todas as regiões do País. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para uma confiança de 95%.