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Contrato do transporte coletivo será revisado

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) informou ao Tribuna, nesta segunda-feira, 16 de agosto, que a administração municipal vai iniciar o processo de revisão do contrato de con­cessão do transporte coletivo com o Consórcio PróUrbano – grupo concessionário do trans­porte coletivo na cidade, forma­do por Rápido D’Oeste (50%) e Transcorp (50%) e responsável por 354 ônibus que cumprem 117 linhas na cidade.

A Transerp não revelou, con­tudo, a data em que o processo terá início, mas a companhia de transporte e tráfego vai reavaliar o equilíbrio econômico-financeiro do serviço e até se o consórcio tem direito a pleitear reajuste da tarifa de ônibus, que custa R$ 4,20 des­de janeiro do ano passado, quan­do o PróUrbano foi notificado pela prefeitura de Ribeirão Preto e atendeu à decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP).

O TJ/SP determinou a redu­ção no valor da passagem de ôni­bus da cidade, de R$ 4,40 para R$ 4,20, abatimento de R$ 0,20. Segundo o contrato de conces­são, assinado em maio de 2012, o reajuste da tarifa deve ocorrer sempre em 31 de julho. De acor­do com a Transerp, a revisão também vai contemplar o apor­te financeiro feito ao Consórcio PróUrbano estabelecido pela lei municipal nº 14.571/2021. O re­passe de R$ 17 milhões foi pro­posto pelo Executivo.

O projeto de lei foi aprovado pelos vereadores em 8 de junho e sancionado pelo prefeito Du­arte Nogueira (PSDB) no dia 9. O primeiro repasse, de R$ 5 mi­lhões, ocorreu em 10 de junho, e o segundo, de R$ 2 milhões no co­meço de julho. Outras cinco par­celas de R$ 2 milhões, referentes às perdas já contabilizadas ou que ainda serão provocadas pela pandemia este ano, devem ser repassadas nos próximos meses.

Os valores repassados pela prefeitura deverão ser conside­rados na revisão e um possível reajuste da tarifa. O Tribuna procurou o Consórcio PróUrba­no para saber qual a posição do grupo sobre a revisão do contra­to, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Impasse
Em 18 de janeiro do ano pas­sado, o Consórcio PróUrbano, grupo concessionário do trans­porte coletivo urbano – forma­do pelas viações Rápido D`O­este (40%), Transcorp (30%) e Turb (30%) – foi notificado pela prefeitura de Ribeirão Preto e atendeu à decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), que determinou a redução no valor da passagem de ônibus da cidade, de R$ 4,40 para R$ 4,20, abatimento de R$ 0,20.

O reajuste de 4,8%, de R$ 4,20 para R$ 4,40, com acrésci­mo de R$ 0,20, foi autorizado pelo decreto número 176/2019 do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e acabou contes­tado judicialmente pelo partido Rede Sustentabilidade.

A redução no valor da passa­gem de ônibus foi determinada pelo desembargador Souza Mei­relles, da 12ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme decisão emitida no dia 19 de dezembro de 2019.

O magistrado entendeu que a prefeitura de Ribeirão Preto e a Transerp não poderiam ter reajustado a tarifa em 2019 por­que o processo que analisa o au­mento dado em 2018 ainda não foi julgado, o que contaminaria a última correção. Naquele ano, depois de 47 dias de embates na esfera judicial, a tarifa subiu 6,33%, de R$ 3,95 para R$ 4,20, com aporte de R$ 0,25, e o au­mento foi questionado por in­termédio de um mandado de segurança impetrado pelo Rede.

Ainda em janeiro de 2020, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, também negou recurso da prefeitura que tentava manter o reajuste de 2019 e acatou a decisão do Tri­bunal de Justiça, que manteve o entendimento do juiz Gus­tavo Muller Lorenzato, titular da 1ª Vara da Fazenda Públi­ca, negando recurso movido pela prefeitura e pelo PróUr­bano, que opera 117 linhas com 354 veículos na cidade.

Caução
O Consórcio PróUrbano ofereceu 134 ônibus para a pre­feitura de Ribeirão Preto como garantia para o repasse de R$ 17 milhões que receberá do muni­cípio como forma de mitigar o desequilíbrio no setor causado pela pandemia de coronavírus.

A Rápido D’Oeste ofereceu 68 veículos e a Transcorp, outros 66 ônibus. A proposta de cau­ção foi encaminhada após deci­são liminar expedida pela juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pú­blica de Ribeirão Preto, expedi­da em 1º de julho.

No documento anexado ao processo e assinado pelo gestor do PróUrbano, Gustavo Menta Vicentini, o consórcio listou todos os veículos com o valor de cada um e o total oferecido como garantia. Os 68 veículos da Rápido D’Oeste totalizam R$ 8.959.376,00.

Os 66 ônibus da Transcorp valem R$ 8.112.573,00. O total chega a R$ 17.071.949,00. Na média, cada unidade vale R$ 130 mil. O PróUrbano também apresentou no documento um histórico sobre os motivos que teriam causado o desequilíbrio econômico de R$ 50 milhões.

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