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Conta de luz terá bandeira vermelha em setembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em setembro, depois de três anos. Em agosto foi acionada a verde e em julho vigorou a amarela, pela primeira vez desde abril de 2022 – a conta de luz estava sem taxa adicional havia 26 meses. Com a sinalização, as contas de energia elétrica dos consumidores terão custo extra neste próximo mês.

O anúncio ocorreu perto das 22 horas desta sexta-feira (30). O acréscimo será de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A bandeira vermelha patamar 2 foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média em setembro, resultando em expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país (em cerca de 50% abaixo da média).

Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Não era acionada bandeira vermelha patamar 2 desde agosto de 2021.

A classificação “amarela” indica condições de geração de energia menos favoráveis e, na prática, leva a um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para os consumidores de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Em julho, a bandeira amarela elevou a conta de luz em torno de 1,20%, com impacto total de 0,05 ponto percentual na prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) – indexador oficial – do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela agência reguladora em 2015, com intuito de sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia no país. Por outro lado, a medida também atenua os efeitos no orçamento das distribuidoras de energia.

Até então, as empresas eram obrigadas a “carregar” os custos quando a geração de energia ficava mais cara, uma vez que as despesas só eram repassadas às contas de luz no reajuste tarifário anual. O sistema é composto por quatro patamares.

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia elétrica está baixo. Esse é o patamar que está em vigor desde abril do ano passado, devido aos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Em março, a bandeira amarela teve redução de 36,9%, passando de R$ 2,989 para R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Já a bandeira vermelha 1 passou de R$ 6,500 para R$ 4,463, redução de 31,3%. E a bandeira vermelha 2 caiu de R$ 9,795 para R$ 7,877, diferença de 19,6%.

A mudança de bandeira depende de três gatilhos: Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), nível de risco hidrológico (GSF), e a geração fora do mérito de custo (GFOM), associada ao período de crises hídricas, segundo a agência Nacional de Energia Elétrica.

Marcelo Camargo/Ag.Br.

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