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Conta de luz terá adicional no país

Seca histórica e impacto nos reservatórios nos próximos meses levaram levar ao acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2 

Com bandeira vermelha patamar 2 serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora consumidos, acima dos R$ 4,463 por 100 kWh deste mês  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira, 27 de setembro, que a bandeira tarifária será vermelha patamar 2, em outubro. A sinalização demonstra que haverá cobrança complementar na conta de luz para os consumidores de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Com bandeira vermelha patamar 2 serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, acima dos R$ 4,463 por 100 kWh deste mês. A agência cita como fatores para o aumento o risco hidrológico e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

Foram influenciados pelas previsões de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro. No dia 4, após revisão na bandeira tarifária de setembro, a Aneel baixou o patamar de vermelho 2 para vermelho 1.

A redução no nível da bandeira vermelha ocorreu após uma correção nos dados do Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS). “A Aneel solicitou para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliação das informações e recálculo dos dados”, disse.

A bandeira vermelha não era acionada desde agosto de 2021. A classificação “amarela” indica condições de geração de energia menos favoráveis e, na prática, leva a um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para os consumidores de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Em julho, vigorou a bandeira amarela – R$ 1,885 a cada 100 kWh. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela agência reguladora em 2015, com intuito de sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia no país. Por outro lado, a medida também atenua os efeitos no orçamento das distribuidoras de energia.

Até então, as empresas eram obrigadas a “carregar” os custos quando a geração de energia ficava mais cara, uma vez que as despesas só eram repassadas às contas de luz no reajuste tarifário anual. O sistema é composto por quatro patamares.

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia elétrica está baixo. Esse é o patamar que está em vigor desde abril do ano passado, devido aos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Em março, a bandeira amarela teve redução de 36,9%, passando de R$ 2,989 para R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Já a bandeira vermelha 1 passou de R$ 6,500 para R$ 4,463, redução de 31,3%. E a bandeira vermelha 2 caiu de R$ 9,795 para R$ 7,877, diferença de 19,6%.

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