A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs um reajuste médio de 15,15% nas tarifas da CPFL Paulista, que atende 4,2 milhões de unidades consumidoras em 234 cidades do Estado de São Paulo – 290 mil somente em Ribeirão Preto. Para consumidores conectados em alta tensão (indústrias, shopping centers e grandes empresas), o aumento seria de 14,06%, e para a baixa tensão (residências), de 15,77%.
A proposta de reajuste diz respeito ao quarto ciclo de revisão tarifária da companhia, processo que é feito de quatro em quatro anos com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. O processo ficará aberto em audiência pública entre os dias 24 de janeiro e 5 de março, com sessão presencial em 28 de fevereiro, em Campinas. Se aprovadas, as novas tarifas valem a partir de 8 de abril, data da revisão tarifária anual da concessionária.
Em abril do ano passado, a Aneel aprovou redução média de 10,50% nas tarifas da CPFL Paulista. Para consumidores conectados à alta tensão, a redução foi de 12,20%, e para a baixa tensão, a diminuição ficou em 9,42%. Dias antes, em 28 de março, a agência reguladora já havia anunciado queda de 15,28% nas contas de energia elétrica da concessionária rferente à devolução de uma cobrança indevida atrelada à usina nuclear de Angra 3 em 2016.
Evolução da revisão tarifária – Em 2016, na revisão tarifária, o reajuste médio nas contas da CPFL Paulista foi de 7,55%. A alta ficou em 6,56% para as indústrias e 8,23% para as residências. Em 2010, as tarifas de energia dos consumidores atendidos pela CPFL Paulista também ficaram mais baratas. A Aneel determinou redução média de 5,69%. Os clientes residenciais tiveram desconto de 5,04%, enquanto as indústrias tiveram redução entre 2,34% e 10,81%, dependendo da classe de consumo.
Depois disso, além do aumento de 2016, foram aprovados mais cinco reajustes. Em 2011 o aumento médio foi de 7,23%. Os consumidores de baixa tensão (comércio e residência) tiveram as faturas corrigidas em 6,95%. As unidades de consumo de alta tensão (indústria e grandes estabelecimentos) arcaram com alta de 7,72%. No ano seguinte (2012), a agência autorizou elevação média de 2,89%. Para os clientes residenciais, o aumento médio na conta de luz foi de 2,61%. Já para os de alta tensão (indústrias), ficou em 3,38%.
Em 2013, o aumento médio foi de 6,18%. Os consumidores residenciais e de pequenos estabelecimentos comerciais (baixa tensão) tiveram uma elevação de 0,25%. A subclasse de consumidores residenciais, que inclui a baixa renda, teve desconto de 1,5% nas tarifas. Já a classe de consumo que abrange a indústria e grandes estabelecimentos (alta tensão) teve aprovada uma alta de 16,05%.
Em 2014, a Aneel liberou reajuste médio de 17,23% para a conta de luz dos clientes da CPFL Paulista. Para os clientes residenciais, a elevação foi de 16,46%. Já para a alta tensão (indústria), o aumento foi de 16,10%. Por fim, em 2015, a agência reguladora autorizou reajuste médio de 4,67%. De acordo com a Aneel, os consumidores residenciais tiveram uma elevação média de 4,13%. Para os pequenos comércios e indústrias, a alta média foi de 4,24% e os grandes consumidores (alta tensão) arcaram com aumento médio de 5,29%.